Jornal - GAZETA CQB - Jun. 2018 | Page 3

GAZETA CQB Pá g in a 3 R OCK Í NDIO Desde o início de nossa história, sofre de outras bandas do mesmo a comunicação é fundamental para estilo musical, o grupo trabalha nossa evolução, através dela, socie- sempre com letras que falam do dades inteiras se construíram e diminuíram suas fronteiras, gra- ças às novas tecnologias. Seja através da palavra, dos sons, dos gestos ou das imagens o homem constrói sua identidade e influencia outras. A música e a língua são exem- plos de linguagem que fazem parte dessa influência nesse mundo globalizado, pois através de sua união, criamos novas pos- sibilidades, às vezes incomuns. É o caso da banda Arandu Arakuaa (Saber do Cosmos, em Foto: Capa do cd da Banda Arandu Arakuaa. tradução do tupi antigo) de Brasília que toca Heavy Metal cotidiano das aldeias com letras utilizando o tupi, idioma indígenas, rituais de indígena que foi disseminado por passagem e lutas por quase todo o litoral brasileiro antes terra. da chegada dos portugueses em A ideia é relatar tudo 1500. isso de forma misteriosa e encanta- Mesmo com os preconceitos que dora para estimular a reflexão, se- gundo entrevista da banda dada ao site da BBC Brasil. Mas a banda Arandu não é a única, outras bandas como Tamuya Thrash Tribe (do Rio), o Voodoopriest (São Paulo) e o MorrigaM (Macapá) começam a trabalhar com as tradições de diferentes culturas indígenas para fazer uma música que se originou no exterior, mas que acabou se tornando brasileira. Redatores: alunos do grupo de estudos de Português do 8º ano B A C I Ê N C I A D O FA S C Í N I O : A M A T E M Á T I C A No dia 5 de junho, os alunos do ensino fundamental II do Colégio Queiroz Brunelli e tantos outros milhões de alunos no Brasil inteiro participaram da 14º Olimpíada Bra- sileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas (OBMEP). Criada em 2005 tem como objetivo principal a estimular e pro- mover o estudo da matemática além de identificar talentos na área. Tarefa nada fácil visto os medos e tabus que se criou em torno da matemática e que os cientistas e professores de matemáti- ca precisam enfrentar para mostrar o quanto é uma ciência fascinante. Esse medo pode surgir a partir da ideia de que ela é muito abstrata e cheia de regras, mas na verdade ela nasceu de necessidades básicas e reais para o desenvolvimento e orga- nização das sociedades. A partir do momento que os homens saíram das cavernas e começaram a plantar e juntar rebanhos surgiu a necessidade de se calcular. Estudos indicam que o sistema de contagem mais usado pelas primeiros povos era o das pedras. O pastor empi- lhava uma pedrinha para cada animal que era levado ao pasto e ao voltar reti- rava cada pedra, conforme os animais voltavam para o cercado. Assim, ele sabia se o rebanho estava todo ali ou não. A criação de casas, estradas, o co- mércio e navegação foram exigindo cada vez mais uma grande quantidade de cálculos, surgindo assim um sistema matemático com linguagem própria. Os egípcios e os romanos desenvolve- ram um sistema decimal parecido, já os babilônios usaram um sistema sexagesi- mal, que permitiu um suporte para o cálculo do tempo, por exemplo. E graças Foto: Ábaco. aos hindus com a criação de um novo sistema, que incluía o zero, a criação de ordens e clas- se numéricas é que se facilitou muito a leitura dos números deixando bem mais fácil os cál- culos. Com os estudos do matemático árabe Mo- hammed al-Kowârismî, sobre o sistema indo- arábico disseminou-se na Europa do século XIII esse sistema. E mesmo com toda a rejei- ção da igreja por achar que era um método diabólico por ser muito fácil e habilidoso para os padrões da época, foi se popularizando até se tornar obrigatório nas escolas após a revo- lução Francesa. E isso é só o inicio da história da matemáti- ca! Hoje em dia com os grandes avanços tec- nológicos, seja através das ondas da televi- são, da tecnologia dos celulares de última geração e o seus infinitos recursos, da progra- mação de computadores , dos jogos eletrôni- cos e da internet, a matemática se faz pre- sente em n