Jornal do Clube de Engenharia 584 (Novembro de 2017) | Page 10

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Geologia e geotécnica na expansão do Metrô do Rio

O planejamento da mobilidade urbana é essencial no desenvolvimento das cidades , e o estudo do solo é etapa fundamental para a construção de metrôs . Para tratar do tema , o Clube de Engenharia recebeu , no dia 5 de outubro , o painel “ Os conceitos e aspectos geológicos-geotécnicos envolvidos nos projetos conceituais de expansão do Metrô na cidade do Rio de Janeiro , a partir da experiência nas escavações da Linha 4 ”.
Para Newton Carvalho , da Guidicini & Associados Consultoria
Clarice Castro / GERJ
em Engenharia , um estudo aprofundado ajuda a prevenir acidentes , como o que aconteceu na construção da Linha 4 do Metrô do Rio , com a desagregação de solo durante perfurações na
rua Barão da Torre , em 2014 . “ O problema foi geológico . No projeto executivo não constava essa parte do terreno , que é de transição entre rocha e solo arenoso ”, afirmou o geólogo . Rogério Cyrillo Gomes , da
Geotechnia Consultoria e Projetos , lembrou que é uma tendência o uso do espaço subterrâneo das cidades . O engenheiro geotécnico apresentou os principais métodos utilizados na abertura de túneis .
O painel foi promovido pela Diretoria de Atividades Técnicas ( DAT ) e Divisão Técnica de Geotecnia ( DTG ) do Clube de Engenharia , com apoio das associações brasileiras de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica ( ABMS ) e de Geologia de Engenharia e Ambiental ( ABGE-Rio ) e da Associação de Engenheiros Ferroviários ( AENFER ). Leia mais : bit . ly / geo _ metrorio

Técnica construtiva em muro de solo reforçado

Novidades em ligações elétricas de baixa e média tensões

Uma plateia heterogênea , com alunos de engenharia , técnicos especializados e engenheiros com larga bagagem profissional , assistiu à palestra “ Muro de solo reforçado : características , método de cálculo e detalhes construtivos ”, no dia 19 de outubro , do professor Robson Palhas Saramago , da Universidade Federal Fluminense ( UFF ). Com foco na importância da compactação do solo para a estabilidade da obra , o professor Saramago abordou os tipos de solo reforçados e as características dos geossintéticos para reforço . “ São estruturas que podem ficar belas a ponto de nem se perceber a intervenção ali feita ”, destacou . Uma das vantagens da técnica é poder usar a terra do próprio espaço para a obra , como fator determinante para a compactação do solo . A compactação , responsável pelo deslocamento da carga
máxima , evita que o muro aumente para dentro da estrutura e gere trincamentos e acidentes . Por outro lado , a técnica ainda não tem uma norma nacional . Especialistas brasileiros usam a NBR 11682 ( ABNT 2009 ), dedicada a muro de pesos , que vem funcionando corretamente . “ É preciso voltar a fazer a boa engenharia , onde pesquisa de terreno não é custo , é investimento . A compactação precisa ser controlada pelo responsável da obra para evitar problemas futuros ”, finalizou o professor . Realizada pela Diretoria de Atividades Técnicas ( DAT ) e a Divisão Técnica Especializada de Geotecnia ( DTG ), a palestra contou com o apoio da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica ( ABMS-Rio ).
Leia mais : bit . ly / murosoloreforcado
A Light , fornecedora de energia elétrica para o Rio de Janeiro e outros 30 municípios do estado , realizou palestra no Clube de Engenharia no dia 24 de outubro , com tema “ Procedimentos Light para ligação nova – média e baixa tensões ”.
Foram palestrantes do evento João Paulo Grastiquini , coordenador de Estudo e Projeto de Obras ; André Vinicius Moreira e Leandro Espíndola , ambos do setor de Engenharia de Distribuição ; e Thiago Atias , Gerente de Engenharia e Expansão da Distribuição . Uma das motivações da ação de transparência foi a divulgação da Regulamentação para o Fornecimento de Energia Elétrica para os Consumidores ( Recon ), de baixa e média tensões , sendo o Recon de baixa tensão atualizado há menos de um ano .
Entre as novidades apresentadas pela empresa estão o uso preferencial de ramal subterrâneo em ligações de baixa tensão com demanda acima de 150 kVA . Além disso , agora serão utilizados fabricantes validados para procedimentos de barramento , com listagem que deve ser consultada antes de qualquer instalação . Também foram abordados detalhes dos equipamentos e características eletromecânicas das subestações .
O evento foi promovido pela Diretoria de Atividades Técnicas ( DAT ) e Divisão Técnica de Engenharia ( DEN ), e atraiu tanto engenheiros eletricistas quanto outros profissionais , comerciantes e demais interessados nas orientações para suas residências e estabelecimentos .
Leia mais : bit . ly / procedimentoslight

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