o Alto Comissariado das Nações Unidas
para os Refugiados (ACNUR), a Organi-
zação Mundial da Saúde (OMS), a Organi-
zação não governamental (ONG) Médicos
sem Fronteiras e a Anistia Internacional.
Povo Nenet vivendo nas profundezas da península
Yamal, na Sibéria, dentro do Círculo Polar Ártico
(2011). Fonte: Sebastião Salgado
Atualmente, com sua esposa, apoia
um projeto de reflorestamento e revitaliza-
ção comunitária em Minas Gerais, sendo a
Fazenda Bulcão, em que nasceu, local de
importância crucial para a realização do pro-
jeto. Replantou a antiga terra de seus pais,
em Aimorés, que teve sua vegetação desma-
tada. O local deu origem ao Instituto Terra,
organização que cuida de 7.000 hectares
de áreas degradadas em processo de recu-
peração na região e de mais de 4 milhões
de mudas de espécies de Mata Atlântica.
Desenlace
Após anos de esforço, saindo de uma
pequena cidade do interior do Brasil para o
mundo, o jovem economista se encontrava
na situação em que milhares de pessoas se
esforçam para conquistar. Porém, com o co-
nhecimento adquirido durante essa exaus-
tiva caminhada em busca do capital, Sebas-
tião conhece um outro mundo diferente do
que jamais havia visto e se redescobre como
pessoa, abandonando tudo que tinha para
mostrar ao mundo um sentimento inexpli-
cável através de uma paixão única, a foto-
grafia: sua decisão é um grande exemplo de
como podemos jogar na contramão do capi-
talismo. Se entrega de corpo e alma, encon-
trando o momento perfeito para que cada fo-
tografia possa comover e tocar incontáveis
pessoas ao redor do mundo. A fotografia de
Sebastião produz uma experiência única que
jamais poderia ser descrita com palavras; uma
simples conclusão jamais conseguiria agrade-
cer e reverenciá-lo da maneira como merece.
Campo de Refugiados Ruandenses em Benako, Tan-
zânia (1994). Fonte: Sebastião Salgado
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