que não pode sob nenhuma hipótese aparen-
tar acusar alguém sobre um ocorrido, ou outra
atitude semelhante que denigra ou desrespeite
aquela fonte. O jornalista que respeita a hu-
manidade, os sentimentos e que tem respeito
com a morte, pode ser um profissional excep-
cional para todos, é só questão de bom senso.
Repórter Isabela Scalabrini no IML (Instituto Médico
Legal) minutos antes de entrevistar a mulher que per-
deu o marido/Fonte:Diário Centro do Mundo
Vejamos mais um exemplo: “Por que
ele fez isso? Ele tinha motivo para isso? É
importante você falar para defender a hon-
ra da sua família. Você se sente culpada
de alguma forma?” (repórter Marcelo Mo-
reira entrevistando Tatiana Taucci, mãe de
um dos atiradores da escola de Suzano.).
No dia 13 de Março deste ano, cinco es-
tudantes e duas funcionárias da Escola Esta-
dual Professor Raul Brasil, em Suzano, foram
assassinados por dois jovens que adentraram
a escola armados. Ao tentar entrevistar a mãe
de Guilherme, Marcelo Moreira literalmen-
te a segue pela rua enquanto ela cobre o rosto
na tentativa de fazê-lo perceber que sua pre-
sença a incomoda. Foi correto da parte dele
ir atrás de uma mulher que acaba de receber
a notícia de que o próprio filho tirou vidas?
A situação se torna problemática quando ul-
trapassa a ética e a moral, intimida e frustra a
pessoa que está sendo entrevistada- o que cla-
ramente está acontecendo nos dois casos aci-
ma. Por isso, o jornalista deve apenas relatar
o fato e tornar a entrevista algo mais objetivo,
sem forçar o entrevistado a falar sobre o assun-
to, com o intuito de evitar conflitos emocionais
com esses indivíduos. Além disso, deve refor-
çar a ausência de ponto de vista do repórter,
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