considerada uma droga, pois gera prazer e, a lon-
go prazo, dependência e efeitos colaterais. Tudo
isso, aliado ao cérebro imaturo de uma criança
ou um adolescente pode se mostrar ainda mais
prejudicial do que nos adultos, considerando
que esses dois primeiros grupos ainda estão em
fase de formação, tanto física quanto psíquica.
Por isso, é necessário que os pais ou respon-
sáveis estejam atentos sobre o que os seus filhos
consomem, seja na internet, nas revistas ou na te-
levisão, alertando-os sobre os riscos. É importan-
te que exista diálogos sem tabus sobre sexo na fa-
mília, já que assim os filhos podem ser informados
de uma forma mais segura, evitando que procurem
apenas a internet como meio de se informarem.
Mesmo com a pornografia sendo proibida
para menores de idade, os sites que lucram com
esse conteúdo não criam nenhuma forma de im-
pedir o acesso de um usuário com menos de 18
anos. Na fase da adolescência há um aumento na
busca pelo entendimento e satisfação das neces-
sidades sexuais e, por isso muitas pessoas nessa
faixa etária são atraídas por esse tipo conteúdo.
Porém, a forma como o sexo é abordado na por-
nografia é problemática, principalmente pela vio-
lência e a despersonificação da figura do outro.
Isso gera adolescentes que não se impor-
tam com o prazer do seu parceiro e têm
dificuldades de relacionamento, por te-
rem aprendido que o ato sexual era como
se mostrava no conteúdo que consumia, o
que é muito prejudicial para quem ainda
está conhecendo a si mesmo e o mun-
do, em uma fase de amadurecendo. Em
crianças o dano é ainda pior, visto que
elas ainda estão no início de seu de-
senvolvimento, sendo o mundo porno-
gráfico muito mais chocante para elas.
Além de todos esses males, ao as-
sistir a pornografia o usuário incentiva
e movimenta grande quantidade de di-
nheiro de uma indústria que maltrata e
reforça a objetificação das pessoas. Uma
indústria que despreza o amor e enalte-
ce o sexo dentro dos relacionamentos.
Imagem ilustrativa: o vício da pornografia.
Imagem: MAISF
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