A importância das simulações
nas escolas públicas
Por Anna Sant’Anna e Lara Ferreira
Vivemos um momento de intensos debates em
nosso país acerca dos rumos que vem tomando a
política brasileira - e, dentro disso, a participação
popular nela - e do significado da democracia.
Em épocas de instabilidade governamental vários
direitos são cortados ou restringidos nos mais
variados setores da população: saúde, transporte,
segurança e educação; focaremos aqui no último.
É de conhecimento geral que as escolas públicas
possuem um número muito elevado de
estudantes e, por isso, a demanda de
investimentos é grande; no entanto, sabemos que
menos de 7% do PIB é destinado à educação e
que os cortes de verbas são constantes. A
participação da juventude para reverter esse
quadro é essencial.
Nesse contexto, a politização e conscientização
do povo é feita de várias formas e por diversos
grupos. As MUNs (Model United Nations, no
português, Modelo das Nações Unidas), por
exemplo, levam para as instituições de ensino
simulações de comitês da ONU e outros organismos
internacionais. Nelas, os estudantes assumem papéis
de delegados representando países, ONGs ou
personalidades notórias e debatem sobre temas
relacionados ao direito e aos âmbitos econômico,
ambiental e social. Além de tomar conhecimento
sobre as posições dos países estudados, os simulandos
trabalham a negociação, oratória e esforço em grupo;
também ampliam seus horizontes em relação à
política e criam laços que muitas vezes transcendem
o meio diplomático.