inLocus inLocus Jun. 2013 | Page 31

Hoje, praticantes de tal técnica competem com visionários especulativos para gerar cenários para ação futura. Esses cenários abrangem bastante em topico como também em estilo retórico. Alguns são especulativos, outros prescritivos. Alguns focam em geopolítica, enquanto outros enfatizam a tecnologia. Como então alguém entende tais cenários para criar um plano de ação individual ou coletivo? Para tal seria necessário levar em conta as várias esferas de atividade que constituem o mundo social. Isso significa cuidadosamente analisar as metodologias que previsores adotam para prever eventos futuros dentro de suas próprias esferas de conhecimento e interesse. Talvez o campo mais volátil da atividade humana, e o que é mais difícil fazer previsões, é relações internacionais. Para criar políticas para ação futura, teóricos nesse campo desenvolvem modelos geopolíticos de como se comportar uns com os outros. Henry Kissinger, por exemplo, introduziu a teoria Européia de realpolitik para a política estrangeira Americana durante a Guerra Fria, com resultados que abrangem desde détente com a União Soviética até a cospiração com os ditadores da América Latina. Hoje, geopolítica permanece dividida entre teóricos com pontos de vistas mundiais competitivos. Em 1992, Francis Fukuyama escreveu “O fim da história e o último homem”, no qual ele previu a adoção universal da democracia liberal. Re-conhecendo que muitas nações ainda tinham que instituir esse sistema político, Fukuyama considerou eles serem temporariamente fora da história, esperando para perceber que a democracia liberal era o objetivo do envolvimento político. O otimismo baseado no esclarecimento de Fukuyama foi oposto em 1996 por Saumel P. Huntington, que previu um “conflito de civilizações” em seu livro “O conflito de civilizações e a recriação da ordem mundial”. “Talvez o campo mais volátil da atividade humana, e o que é mais difícil fazer previsões, é relações internacionais.” Para Huntington, cujo subtexto foi uma convocação para reafirmar os valores do Ocidente na frente ao seu declínio econômico, as diferenças entre nações não foram uma consequência política, como Kissinger assume, mas sim uma questão de cultura. O sistema de mundo de Huntington compõe grandes agregações de nações culturalmente compatíveis que freque