Grupo Marcos - Magnetismo Grupo Marcos - Magnetismo | Page 19
justificar as pr ópr ias faltas?
O sinal lum inoso cor tou vagar osam ente o
céu, de novo.
M inha alegr ia, ante a apr oxim ação do
plano m ais elevado, er a inexcedível, m as a
noção de r esponsabilidade, quanto às
dádivas r ecebidas no m undo que eu
deixar a, pesava
agor a
m uito m ais
intensam ente sobr e m im ? M er ecer ia o
ingr esso naquele dom icílio celestial?
Cor r iam -m e as lágr im as, copiosas, quando
o gr upo estacou. N o m esm o instante, ouvi
um dos ir m ãos r ecém -desencar nados
gr itar em chor o convulso:
-N ão! N ão! N ão posso! Eu m atei na Ter r a!
N ão m er eço a luz divina! Sou um assassino,
um assassino!
Aqueles br ados
som br as adentr o.
r essoar am
lúgubr es,
Outr as vozes r esponder am , hor r íveis:
-Vigiem os a ponte! Assassinos não passam ,
não passam !
Par eceu-m e
que
m altas
de
fer as
pr epar avam -se par a atacar -nos. N ão
distante, a pr ojeção r esplandecente do
invisível holofote clar eava o cam inho, qual
se for a m ovida em ?câm ar a lenta?. Entr e
nós, em oções e lágr im as, junto de um
com panheir o em cr ise. Em tor no, am eaças
e lam entos estr anhos. Além , a luz
convidativa.
Bezer r a,
ser eno,
m as
fundam ente
pr eocupado,
r om peu
a
expectação,
cientificando-nos de que dever íam os
olvidas os er r os do pr etér ito e que um dos
am igos, em vista de cor r esponder em
dem asia à lem br ança do m al, im puser a
descontinuidade à nossa viagem . Acentuou
que
as
r em iniscências
de
cr im es
tr anscor r idos não dever iam per tur bar -nos
e
que
bastar ia
sintonizar -nos
excessivam ente com o pr etér ito par a
causar m os sér ios pr ejuízos a outr em e a
nós m esm os, em cir cunstância delicada
quanto aquela. Disse que o ir m ão em cr ise
r ealm ente for a hom icida em outr a época,
m as tr abalhar a em favor da r egener ação
pr ópr ia e a bem da H um anidade, com
tam anho valor , nos últim os tr inta anos da
existência,
que
m er ecer a
car inhosa
pr oteção dos or ientador es de m ais alto e
que não devia levar a penitência tão longe,
pelo m enos naquele m om ento, a ponto de
am eaçar
o
Êxito
da
expedição.
N ecessi t á va m os r ea t a r o ?fi o de li ga çã o
m ent a l com um ?, a fi m de que a nossa
ca pa ci da de voli t a nt e fosse m a nt i da em
a lt o
pa dr ã o.
De
outr o
m odo,
a
concentr ação em m assa de entidades
infer ior es, ao pé da ponte, que se alonga
sobr e o abism o, talvez nos dificultasse a
passagem .
Finalizando a ligeir a obser vação, Bezer r a
acenou par a m im e r ecom endou-m e or ar
em volta, par a que a nossa cor r ente de
ener gia espir itual se r ecom pusesse.
Espantado com a designação super ior ,
senti m edo e vacilei. I a pr onunciar um a
fr ase
a
esm o,
esquivando-m e
à
incum bência, m as M ar ta [Filha de Jacob
que auxiliava a Bezer r a] dir igiu-m e
expr essivo olhar . Em silêncio, pedia-m e
obedecer à or dem r ecebida e pr om etia
ajudar -m e no com etim ento.
Am par ado por ela e pelo I r m ão Andr ade,
dispus-m e a executar a deter m inação.
Que pr ece pr onunciar ia? M antinha-se-m e
o cér ebr o incapaz de cr iar um a peça
ver bal, com patível com as aflições da hor a.
Escutando os r ugidos que pr ocediam das
tr evas, fixei a filhinha e lem br ei que M ar ta
r epetir a aos m eus ouvidos o Salm o 23, nos
inquietantes m inutos de m inha liber tação
da car ne. Copiar -lhe-ia o gesto. E er guendo
m eu espír ito par a o Alto, sentindo de
instante a instante que a em oção e o pr anto
m e cor tavam as palavr as, r epeti os
ver sículos sagr ados.
Ao r edor , conspir avam , em nosso pr ejuízo,
o bar ulho e a am eaça: todavia, quando
pr onunciei as fr ases de confiança: ? ?Ainda
que andem os pelo vale da som br a e da
m or te, não tem er em os m al algum , por que
Ele, o Senhor , está conosco; a sua vontade e
a sua vigilância nos consolam ? ? nosso
gr upo, com Bezer r a à fr ente, levitou sem