Aventura para
gente grande
U
m vilarejo com, segundo alguns moradores
locais, mais de 4 mil habitantes, com igreja,
comércio, centro comunitário e escola, e fortalecido
economicamente pelo cultivo de café e por estar
encravado em rotas tradicionais utilizadas pelos
caçadores de diamante, antes muito abundantes
naquela região do sertão baiano.
Este era o vale do Pati em meados das
primeiras décadas do século XX que, hoje distante
do seu auge econômico, mostra o poder de
regeneração da natureza da região – o vale agora
nos surge como uma região aparentemente
selvagem e pouco explorada, encravada entre
imponentes paredões de rochas sedimentares no
coração do Parque Nacional da Chapada
Diamantina.
Para muitos – entre revistas especializadas
ou amantes das caminhadas de longo percurso, a
Destino
aventura
por Paulo Faria
Travessia do Pati figura entre os destinos de
caminhada mais belos do planeta.
Existem diversas variações de trajeto para a
travessia, uns mais tradicionais, hoje não tão
procurados por serem mais árduos e pouco
fomentados pelas operadoras locais, partindo de
Andaraí com destino ao vale do Capão ou até
Lençóis, com até 8 dias de caminhada, além de
versões mais curtas, a partir de 3 dias de
caminhada.
No percurso, é fácil entender o porquê desta
ser uma das principais travessias brasileiras - o
trajeto é cravejado de paisagens incríveis, com
campos rupestres, mata atlântica, cânions, grutas,
cachoeiras, mirantes e diversos resquícios da
riqueza da região no século passado, como
segmentos de trilhas lindamente calçadas com
pedras, aos moldes das trilhas imperiais espalhadas
Vista do Vale do Pati e
Morro da Lapinha
(Castelo)
Explora Web Magazine 9