Tubarão limão. A direita, Atobá branco cuidando do filhote
muito famintos ou excessivamente zelosos. Usei marcações em plástico para identificar as colônias de coral, mas em dois dias os peixes destruíram quase todas elas!— Acho que é por que usei plástico de potes velhos de sorvete...
Falando em peixes, como eles eram incríveis. Eram muitos, grandes e chegavam pertinho da gente, como se não tivessem medo. Resultado: a reserva está funcionando. Se não há pesca nem caça, eles não precisam temer os humanos e chegam perto da gente por curiosidade. As barracudas nos davam exemplo disso, todos os dias elas vinham pertinho observar o que estávamos fazendo. Com seu grande tamanho, dentes afiados e o hábito de abrir e fechar a boca, era improvável não nos amedrontar um pouco. Extraordinário mesmo era ver os tubarões limão. Eles apareciam quase todos os dias, seja
mergulhando ou quando estávamos caminhando na beira do mar. A propósito, nesta expedição tive meu“ momento” com um tubarão de 2,5 metros, mas isso fica para outra história...
Apesar da beleza natural maravilhosa, o lugar pode se revelar bem hostil para alguns. Não há nenhuma facilidade: A louça é lavada com a areia da praia( provavelmente de onde vem o verbo arear panela); Necessidades fisiológicas e banho é no mar. Mesmo assim, tudo tem o seu lugar demarcado, sempre de acordo com as correntes marítimas. Tecnologia, somente internet e à energia solar.
Antes de ir achava que iria sofrer com isso, que meu cabelo ia ficar duro, e que teria que cortá-lo ao final da viagem. Mas a verdade é que não é tão ruim quanto parece. O cabelo sobrevive, o sabonete faz espuma e confesso que nos dias de hoje me pego
O Pôr-do-sol no Atol
E x p l o r a W e b M a g a z i n e 19