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O impacto das células-tronco no mundo contemporâneo

por Pedro Souza

Nesta segunda década do século XIX o uso de células-tronco tornou-se alvo de variadas e robustas pesquisas devido sua grande capacidade de replicação e especialização, permitindo a sua utilização para recuperar tecidos danificados por doenças e traumas. São muito utilizadas com fins terapêuticos para tratar pessoas com doenças degenerativas e com danos ao sistema nervoso. Além de serem muito úteis no combate às doenças cardiovasculares, neurodegererativas, mal de Parkinson, diabetes juvenil e lesões na medula.

As células troncos dividem-se em células-tronco embrionárias, extraídas no momento em que o embrião começa a se desenvolver, sendo muito eficazes graças a sua capacidade de formar qualquer tipo de tecido. Há, também, as células-tronco adultas, extraídas de tecidos adultos que possuem alta capacidade de divisão, no entanto diferentemente das primeiras, já se encontram especializadas ao tipo de tecido de onde foram retiradas, portanto, não geram outro tipo de célula.

Conforme o Instituto de Pesquisa com Células-Tronco (IPCT), a pesquisa envolvendo essas células é fundamental para entender melhor o funcionamento e crescimento dos organismos e como os tecidos do nosso corpo se mantêm ao longo da vida adulta, fornecendo aos pesquisadores dados importantes contra doenças, com aplicação em testes de medicamentos e no desenvolvimento de terapias.

Assim pondo, em setembro do ano de 2015 uma equipe médica do Reino Unido foi capaz de utilizar células-tronco embrionárias para o tratamento da cegueira. Através dessa técnica, uma paciente de 60 anos com degeneração ocular foi submetida a uma operação na qual essas células foram empregadas, gerando resultados significativos. O método consistiu em criar um epitélio pigmentário retinal, uma capa de células pigmentadas que aparecem na retina que alimenta as células visuais.