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Carta ao leitor

Por Luísa Rezende

A humanidade, neste século, vivencia algo inimaginável aos primeiros exploradores do "Novo Mundo": a globalização profunda. A velocidade de trocas culturais, linguísticas e de valores é tão elevada que não tem sobrado tempo para refletirmos como podemos continuar evoluindo na garantia de direitos a todos os seres humanos indistintamente.

As diferenças de credo e gênero ainda é motivo de muito preconceito, algo que o avanço tecnológico levou as últimas consequências.

A cada noventa minutos uma mulher é vítima de agressão masculina, ou seja, quando o dia acabar dezesseis mulheres terão sidos assassinadas, geralmente pelos seus parceiros ou ex-parceiros. Esses homens usam como argumento o de que a mulher estava merecendo algum tipo de agressão e por isso o fizeram. Pensamento completamente machista fruto de nossa sociedade patriarcal que nos leva a outro ponto.

O feminismo no Brasil, este amistoso segredo do século XXI a um ressurgimento esplendoroso, sendo criticado e julgado por muitos, por homens e principalmente mulheres também, que adotam o seguinte pensamento: “não sou contra nem a favor” ou até mesmo “essas militantes estão precisando de uma louça para lavar, um marido e filhos para cuidar”. Pensamento que está enraizado na nossa sociedade extremamente machista.

E são esses machistas que julgam as mulheres e muitas das vezes cometem assédio. Não é porque a mulher está com um short, ou com a blusa um pouco decotada que os homens têm o direito de falar coisas sujas, cantadas ridículas na rua para ela ou buzinar do carro ou da moto porque isso apenas mostra o quanto tem uma objetificação pelo corpo da mulher.

Mas também há outra minoria que paralelamente a isso aprimoramos a convivência respeitosa e igualitária. Infelizmente, as mesmas mulheres que condenam o movimento feminista não percebem que são vítimas de agressão. A comunidade gay ou também conhecida como comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), que vem

cada vez mais se mostrando e provando a cada dia que não serão agressões que vão desestabilizá-los tão fácil e cada vez mais se integrando na sociedade que tanto os querem excluídos. No entanto, seu movimento de luta é mais organizado, embora ainda permita milhares de episódios de homofobia.

A principal causa desse atraso é a persistência do pensamento fechado onde se você não está seguindo os padrões da sociedade você será julgado e humilhado por uma escolha que deveria partir de cada um e não de uma sociedade inteira, sociedade essa que cultua o Bolsonaro, como se fosse um oráculo da Grécia Antiga, e que adota o padrão machista para viver.

Enfim, se você não tiver biologicamente o que um homem precisa para ser homem e gostar do sexo oposto, você nunca será tratado como igual.

Então pense, EXPANDA!

Editora Chefe - Luísa Rezende

Articulistas - Noemi Almeida e Pedro Henrique Souza

Repórteres - Artur Ferreira, Bruna Fernandes e Luísa Rezende

Editor Cultural - Artur Ferreira

Edição de Imagem e Designer Gráfico - Renan Bragança

O grande atrasado da sociedade