Campus de Palmas sofre com deficiências nas instalações antigas
As adaptações realizadas para acessibilidade no âmbito da Universidade Federal do Tocantins - UFT cumpriram de maneira parcial a Orientação expedida pelo Ofício Circular nº 445/2016-MP da Secretaria do Patrimônio da União, que de uma maneira geral diz que todos as entidades federais devem estar aptas para receber todos os públicos.
Deficientes físicos ou pessoas com mobilidade reduzida enfrentam ainda desafios de locomoção e faz-se necessário a ajuda de outras pessoas para transitar pelo câmpus.
“Hoje sinto muita dificuldade de me locomover pelo espaço da UFT. Eu possuo um problema na perna e não vejo rampas em todas partes como menciona o documento”, afirmou Roberto Pereira, em visita ao campus de Palmas. Nas instalações antigas os banheiros não estão adaptados e não existem rampas de acesso para o primeiro andar. Isso dificulta o trânsito de cadeirantes. As sinalizações horizontais são encontradas somente nas áreas externas. Para novos blocos, construídos recentemente os banheiros contam com rampas acessíveis e estruturas adaptadas.
Em entrevista, a arquiteta Cláudia Alencar, da Diretoria de Infraestrutura localizada na prefeitura do câmpus da UFT em Palmas informou que “os projetos estão sendo executados. Devido aos cortes no orçamento as adequações das áreas internas e externas adaptadas. Em entrevista, a arquiteta Cláudia Alencar, da Diretoria de Infraestrutura localizada na prefeitura do campus da UFT em Palmas informou que “os projetos estão sendo executados. Devido aos cortes no orçamento as adequações das áreas internas e externas ficaram cada vez mais difíceis”. Disse ainda que os problemas encontrados nos edifícios mais antigos estão relacionados aos projetos iniciais.
“A Universidade até possui equipamentos para pessoas com certas limitações e isso ajuda no suporte pedagógico para os cursos, como o que fiz, de Jornalismo, onde seria mais fácil se tivéssemos uma máquina de escrever em braille com suporte técnico que não existia.” Caroline Reis, deficiente visual, jornalista formada pela UFT relata que passou por dificuldades relacionadas a falta da acessibilidade. “A UFT evoluiu bastante, em vista do que era quando cheguei."
para as áreas do campus e até mesmo da necessidade de profissionais e técnicos.
Os equipamentos adquiridos já no final da formação da
profissional ficaram sem uso, tendo em vista essa insuficiência
no quadro de pessoal. Ela continua.
"Os profissionais se assustaram porque não existia nenhuma espécie de preparo para me receber.
Hoje as coisas estão um pouco melhores,
mas ainda não é o ideal”, conclui suas considerações sobre as questões da acessibilidade do campus. A norma regulamentadora para acessibilidade nos órgãos federais deve ser cumprida a partir do mês de março deste ano e agora virou lei. A direção do campus de Palmas foi contactada para uma entrevista, mas não obtivemos retorno. A prefeitura do câmpus ainda informou que existem repasses que podem ser utilizados em função da necessidade dos alunos, por exemplo, a direção pode autorizar a aquisição de plaquetas sinalizadoras para portadores de deficiência visual. Cabe agora à direção da univesidade se adptar para receber com mais qualidade os portadores de necessidades especiais .
Acessibilidade na Universidade Federal do Tocantins