A tecnologia está presente no quotidiano das novas gerações, integrando sua personalidade e o seu processo de expressão e socialização, de acordo com van 't Hooft. Segundo o autor, os jovens valorizam as novas tecnologias nas suas vidas e na sua aprendizagem, todavia, na contramão, a escola tende a impor restrições no seu uso, demonstrando incapacidade de tirar proveito desta mesma relação criativa para envolver os alunos no processo de ensino-aprendizagem. Nessa linha, Prensky destaca que apesar da mudança no perfil do aprendiz, a escola continua a ensinar através dos mesmos métodos e recursos pedagógicos os conteúdos tradicionais e elenca ainda outros problemas:
É notório que a tecnologia está mudando nossa cultura e causando impactos em todos os aspectos da nossa vida e, segundo Mark van 't Hooft (2007) a educação também é atingida por essas mudanças. Para Marc Prensky (2001) o sistema educativo atual não foi desenhado para os estudantes do século XXI, pois os aprendizes atuais pensam, agem e se comunicam de forma diferente daqueles de quinze ou dez anos atrás. Eles são falantes nativos da linguagem digital dos computadores, videogames e internet.
Os estudantes nativos digitais, segundo Prensky:
* desenvolveram o raciocínio rápido,
* preferem processos paralelos, aleatórios, multitarefas e conteúdos com fortes aspectos gráficos,
* recebem e a transmitem informações de forma rápida e de vários canais concomitantes,
* preferem ver gráficos e imagens antes do texto,
* acessam a informação de forma não linear (como hipertextos).
* têm pouca tolerância a palestras, a atividades lógicas e sequenciais, e a instruções programadas,
* gostam de jogos e de atividades lúdicas, que apresentem resultados instantâneos e recompensas frequentes,
* veem a escola como um ambiente não atraente.
o processo de ensino aprendizagem é demasiado lento, estruturado, fracionado, sequencial e rígido,
predomina a linguagem textual, hierárquica e linear,
o docente resiste ao uso de tecnologias, ora por não a dominar, ora por não acreditar que o aluno possa efetivamente aprender enquanto assiste à TV ou escuta música,
acredita-se que a aprendizagem não pode (ou não deve) ser divertida,
os métodos e avaliações do passado são reproduzidos, sem se dar conta de que o aprendiz de hoje é bem diferente daquele.
Os novos aprendizes e a
velha escola
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