Edição Concessionárias nº570 OE_571_final | Seite 21

E REVISÃO Após a ocorrência da cheia de 2014, houve severa revisão dos es- tudos de frequência de vazões máximas anuais e sazonais da UHE Baixo Iguaçu, de forma a considerar os registros deste evento, o que acabou acarretando alteração de projeto. A UHE Baixo Iguaçu é a última instalada no Rio Iguaçu, que já n e r g i a conta – a montante da Baixo Iguaçu - com as usinas Salto Caxias, Salto Osório, Salto Santiago, Segredo e Foz do Areia. A jusante de Baixo Iguaçu, a 180 km, encontra-se as Cataratas do Iguaçu. O fato do empreendimento estar muito próximo do Parque Nacional do Iguaçu exigiu-se cuidado no manejo do rio para evitar interferência naquele meio ambiente. VOLUMES Excavação de solo – 796.629 m³ Excavação em rocha – 2.188.949 m³ Ensecadeira de 1ª fase – 1.729.977 m³ Barragem e ensecadeiras de 2ª fase – 817.949 m³ Concreto – 387.426 m³ Formas para concreto – 214.728 m³ Turbinas de grande diâmetro devido à alta vazão Armadoras para concreto – 18.229 m³ AES faz investimentos de quase R$ 1 bilhão com foco em energia solar A previsão de investimentos entre 2018 e 2022 da AES Tietê é de R$ 934,6 milhões. Desse total, R$ 580 milhões estão sendo aplicados nesse ano e o próximo em novos projetos, notadamente em parques solares. A AES Tietê, com atuação no País há quase 20 anos, possui hoje em seu portfólio nove usinas hidrelétricas e três pequenas centrais hidrelétricas, todas localizadas no Estado de São Paulo, além do Complexo Eólico Alto Sertão II, na Bahia. Há pouco tempo, entrou no mercado de energia solar com a aquisição do Complexo Solar Guaimbê, no município de mesmo nome no interior paulista. E também passou a construir um com- plexo solar no Estado de São Paulo, o Ouroeste, que possui entrada em operação faseada, sendo a primeira parte ainda em 2018 e a segunda em meados de 2019. Em setembro de 2018, a AES Tietê concluiu a aquisição do Complexo Solar Guaimbê, construído pela Cobra Brasil Serviços, Co- municações e Energia. O empreendimento já se encontra em opera- ção comercial com 150 MW de capacidade instalada e trata-se do primeiro grande investimento em energia solar em São Paulo. Outra aquisição feita pela empresa, dessa vez na área de ener- gia eólica, foi o Complexo Alto Sertão II, com capacidade instalada de 386,1 MW. São 230 aerogeradores, distribuídos em 15 parques eólicos, dentro do maior empreendimento eólico da América Latina. Em 2017, por meio da aquisição da planta solar Boa Hora e comercialização da planta AGV Solar em leilão, a AES Tietê esta- beleceu o Complexo Solar Ouroeste ao seu portfólio de ativos, com os empreendimentos localizados no município de Ourooeste (SP). Com entrada em operação faseada, a primeira parte do Com- Empresa opera usina no interior de São Paulo plexo Solar Ouroeste tinha início de operação comercial prevista ainda para este ano. O investimento total em obras neste projeto chega a R$ 280 milhões. A empresa explica que a Usina Solar Boa Hora e a AGV Solar possuem sinergia com a UHE Água Vermelha, pertencente tam- bém AES, todas próximas umas das outras. Segundo a companhia, as principais sinergias são a otimização do time de operação e manutenção, que pode trabalhar nas três plantas; e a operação centralizada e automatizada pelo centro de operação. As aquisições fazem parte da estratégia da AES Tietê de di- versificação de sua matriz energética, devendo mantê-la no seu portfólio. A AES Tietê não descarta a aquisição de novos ativos em energia. O portfólio da AES Tietê Energia hoje conta com 3.348 MW de capacidade instalada. Todos os ativos da Companhia são operados de forma automatizada e remota pelo Centro de Operações de Ge- ração de Energia (COGE), localizado em Bauru (SP). www.revistaoempreiteiro.com.br | 21