C o
n s t r u ç ã o
I n
d u s t r i a l
Em linhas gerais, a planta tem o seguinte sequenciamento de
processo de produção:
TOMBADOR – faz a recepção de matéria-prima (calcita) para
posterior britagem da rocha em dois conjuntos de britadores e
armazenagem nos silos de estocagem intermediária.
SALA ELÉTRICA – realiza a distribuição de energia e controla e
supervisiona de forma remota e automática todos os processos e
requisitos de produção da planta, inclusive os volumes gerados.
Mistura dinâmica inovadora para carregar os caminhões de matéria-prima
BLUNGERS – área responsável pela mistura de minerais e aditivos
para produção do slurry base, e posterior formulação de produtos.
MOAGEM – dotado de dois sistemas consecutivos (moinhos
pendulares de moagem a seco e moinhos verticais para micro-
moagem a úmido) a área é responsável pela moagem de matéria-
-prima com granulometria de cerca de 20 mm para um tamanho
final de 6 micra.
IN LINE MIXER – mistura dinâmica com 12 entradas, que representa
área de formulação final de produto e carregamento de caminhões.
De acordo com a Niplan, para atender ao prazo previsto no
cronograma de montagem de toda essa estrutura, foi necessário
realizar várias atividades em paralelo, dentro e fora da obra. Mais
de 15 t de suportes de aço carbono e inox, e aproximadamente
45 t de itens de caldeiraria como dutos, moegas e chutes, foram
realizadas externamente. Enquanto isso, no pipe shop do próprio
canteiro de obras fabricava-se as tubulações.
As atividades foram iniciadas pela área da dispersão, onde
foram montados os dois blungers e realizada a pré-montagem
dos transportadores de correia. Na medida em que as áreas e
equipamentos eram entregues, seguia-se a sequência de mon-
tagem planejada.
Os dois moinhos verticais exigiram uma montagem minucio-
sa, pois a tolerância aceita pelo fabricante para eventuais desvios
era praticamente nula. A instalação do sistema de moagem dos
equipamentos (moinhos, turbinas, ventiladores, correias, dutos e
elevadores) também foi bastante complexa, segundo a monta-
dora, devido à interface com equipamentos interligados para a
complementação mecânica.
“O trabalho em si não foi o grande desafio, pois a Niplan tem
know how para montagem de plantas como esta da Sibelco. No
entanto, tivemos que lidar com prazo relativamente curto, com
apenas cinco meses para a execução e entrega para o comis-
sionamento”, ressalta Carlos Túlio Barbosa, líder do projeto pela
Niplan.
SUSTENTABILIDADE
O novo empreendimento não há descarte de água empre-
gada no processo produtivo – ela é toda reutilizada. A empre-
sa investiu na perfuração de seis poços artesianos e dois lagos
que recebem toda a água da chuva que retorna ao processo de
fabricação. Dentro da fábrica, um sistema de filtros promove o
despoeiramento, permitindo que as partículas apreendidas sejam
reaproveitadas na produção.
FICHA TÉCNICA – FÁBRICA DA SIBELCO EM JARINU (SP)
Projeto detalhado: Promon Engenharia
Montagem: Niplan
Locação de equipamentos pesados e andaimes:
NPE Engenharia e Equipamentos
Locação de guindastes: Guindal
Isolamento térmico: ISAR
Fabricantes de equipamento de processo:
Hosokawa (moinhos verticais) e Arvos (sistema de
moagem)
Sobre a Sibelco e a Niplan
A Sibelco foi fundada em 1872, na Bélgica, e atua no setor de multimineração e processamento de diversos minerais indus-
triais não metálicos. O grupo está presente em 43 países com 214 centros de produção e possui mais de 10 mil colaboradores.
Ano passado registrou uma receita global de 3,1 bilhões de euros. Na América do Sul, a Sibelco fabrica e comercializa sílica
para a indústria de vidro, cerâmica e fundição, além de cal para metalurgia, mineração e construção civil, e carbonato de cálcio
para os mercados de tinta, alimentos e higiene pessoal.
A Niplan Engenharia, fundada em 1990, opera com foco em construções, manutenções e montagens eletromecânicas para
todos os segmentos industriais. Entre seus clientes estão Basf, Klabin, Fibria, ArcelorMittal, Vale, Anglo American, Nestlé, Thys-
senKrupp e Petrobras. Com mais de 6 mil funcionários, em 2015 o faturamento da empresa ultrapassou os R$ 500 milhões.
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