Edição 557 Dez/Jan OE-557_WEB | Page 30

C o n s t r u ç ã o I n d u s t r i a l Em linhas gerais, a planta tem o seguinte sequenciamento de processo de produção: TOMBADOR – faz a recepção de matéria-prima (calcita) para posterior britagem da rocha em dois conjuntos de britadores e armazenagem nos silos de estocagem intermediária. SALA ELÉTRICA – realiza a distribuição de energia e controla e supervisiona de forma remota e automática todos os processos e requisitos de produção da planta, inclusive os volumes gerados. Mistura dinâmica inovadora para carregar os caminhões de matéria-prima BLUNGERS – área responsável pela mistura de minerais e aditivos para produção do slurry base, e posterior formulação de produtos. MOAGEM – dotado de dois sistemas consecutivos (moinhos pendulares de moagem a seco e moinhos verticais para micro- moagem a úmido) a área é responsável pela moagem de matéria- -prima com granulometria de cerca de 20 mm para um tamanho final de 6 micra. IN LINE MIXER – mistura dinâmica com 12 entradas, que representa área de formulação final de produto e carregamento de caminhões. De acordo com a Niplan, para atender ao prazo previsto no cronograma de montagem de toda essa estrutura, foi necessário realizar várias atividades em paralelo, dentro e fora da obra. Mais de 15 t de suportes de aço carbono e inox, e aproximadamente 45 t de itens de caldeiraria como dutos, moegas e chutes, foram realizadas externamente. Enquanto isso, no pipe shop do próprio canteiro de obras fabricava-se as tubulações. As atividades foram iniciadas pela área da dispersão, onde foram montados os dois blungers e realizada a pré-montagem dos transportadores de correia. Na medida em que as áreas e equipamentos eram entregues, seguia-se a sequência de mon- tagem planejada. Os dois moinhos verticais exigiram uma montagem minucio- sa, pois a tolerância aceita pelo fabricante para eventuais desvios era praticamente nula. A instalação do sistema de moagem dos equipamentos (moinhos, turbinas, ventiladores, correias, dutos e elevadores) também foi bastante complexa, segundo a monta- dora, devido à interface com equipamentos interligados para a complementação mecânica. “O trabalho em si não foi o grande desafio, pois a Niplan tem know how para montagem de plantas como esta da Sibelco. No entanto, tivemos que lidar com prazo relativamente curto, com apenas cinco meses para a execução e entrega para o comis- sionamento”, ressalta Carlos Túlio Barbosa, líder do projeto pela Niplan. SUSTENTABILIDADE O novo empreendimento não há descarte de água empre- gada no processo produtivo – ela é toda reutilizada. A empre- sa investiu na perfuração de seis poços artesianos e dois lagos que recebem toda a água da chuva que retorna ao processo de fabricação. Dentro da fábrica, um sistema de filtros promove o despoeiramento, permitindo que as partículas apreendidas sejam reaproveitadas na produção. FICHA TÉCNICA – FÁBRICA DA SIBELCO EM JARINU (SP) Projeto detalhado: Promon Engenharia Montagem: Niplan Locação de equipamentos pesados e andaimes: NPE Engenharia e Equipamentos Locação de guindastes: Guindal Isolamento térmico: ISAR Fabricantes de equipamento de processo: Hosokawa (moinhos verticais) e Arvos (sistema de moagem) Sobre a Sibelco e a Niplan A Sibelco foi fundada em 1872, na Bélgica, e atua no setor de multimineração e processamento de diversos minerais indus- triais não metálicos. O grupo está presente em 43 países com 214 centros de produção e possui mais de 10 mil colaboradores. Ano passado registrou uma receita global de 3,1 bilhões de euros. Na América do Sul, a Sibelco fabrica e comercializa sílica para a indústria de vidro, cerâmica e fundição, além de cal para metalurgia, mineração e construção civil, e carbonato de cálcio para os mercados de tinta, alimentos e higiene pessoal. A Niplan Engenharia, fundada em 1990, opera com foco em construções, manutenções e montagens eletromecânicas para todos os segmentos industriais. Entre seus clientes estão Basf, Klabin, Fibria, ArcelorMittal, Vale, Anglo American, Nestlé, Thys- senKrupp e Petrobras. Com mais de 6 mil funcionários, em 2015 o faturamento da empresa ultrapassou os R$ 500 milhões. 30 | O E m p r e i t e i r o | D e z e m b r o 2016 / J a n e i r o 2017