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d u s t r i a l
Sibelco inaugura 3ª fábrica no País
Várias atividades em paralelo foram realizadas ao mesmo tempo dentro e fora da planta industrial para entregar o projeto no prazo
Augusto Diniz – Jarinu (SP)
Nova planta tem capacidade para atender mercado crescente
A belga Sibelco colocou sua terceira fábrica em funciona-
mento no País. Fica em Jarinu (SP) e teve investimento de R$ 160
milhões. No local, a empresa realizará inicialmente operações de
moagem, secagem e preparação da base mineral líquida (slurry)
para a indústria de tintas, em um moderno processo de produção.
A nova planta deverá empregar pelo menos 50 pessoas.
A área total do empreendimento é de 255 mil m², sendo 7,3
mil m² de área construída – o projeto prevê etapas posteriores de
ampliação da planta. A capacidade de produção da fábrica é de
160 mil t/ano de slurry e de 35 mil t/ano de carbonato de cálcio
ultrafino. No total, 65% dos fabricantes de tintas brasileiros em-
pregam o slurry em seu processo produtivo.
“Essa planta nos possibilitará reforçar a nossa liderança no
segmento de carbonatos de cálcio ao aumentar em 50% a nossa
capacidade de produção em relação às plantas de Mogi das Cru-
zes (SP) e Salto (SP), ampliando a nossa participação de mercado
através de uma produção sob medida, para atender a um grupo
de clientes que necessita de nossos produtos mas em quanti-
dades menores em comparação às demandadas pelos grandes
players nacionais”, destaca Leonardo Alves, diretor de estratégia
da Sibelco América do Sul. Segundo a empresa, o Brasil responde
por 30% do faturamento da Sibelco na região, com 13 unidades
operacionais, entre fábricas e minas.
No local foi também erguido o 27° Centro de Pesquisa e De-
senvolvimento da empresa no mundo, e atuará especificamente
no desenvolvimento de formulações de slurries.
Edson Teixeira, gerente de Marketing da América do Sul
nos segmentos de plástico, tintas e revestimento, aponta como
diferencial da fábrica o processo in line mixer, que permite
trabalhar com fórmulas contendo até 12 minerais diferentes.
“Trata-se de um sistema de entrega tailor made às demandas
do cliente”, expõe.
O executivo explica que o slurry puro tem até 75% de carbo-
nato de cálcio. Já o composto com outros minerais, esse índice
alcança de 30% a 60% de carbonato. “Cada mineral confere ca-
racterísticas distintas ao produto final”, explica.
Nas fases 2 e 3 de ampliação da fábrica, sem data ainda defi-
nida de implantação, Edson Teixeira afirma que serão produzidos
produtos a base de carbonato de cálcio para outros segmentos
industriais, como revestimento e plástico. “Pretendemos apostar
em mercados não explorados pelo carbonato de cálcio no Bra-
sil, inclusive utilizando as nossas duas outras fábricas (Mogi das
Cruzes e Salto) nesses novos segmentos”, revela.
ESCOPO DA MONTAGEM
As obras da planta tiveram início em janeiro de 2016, já com
a terraplenagem realizada. Ao longo de sua construção, a planta
chegou a ter mais de 500 operários. A Niplan Engenharia foi a
responsável por toda montagem eletromecânica da nova fábrica
de carbonato de cálcio da Sibelco.
O escopo do trabalho da empresa compreendeu a fabricação
e montagem de 79 t de tubulação com respectivos suportes, pin-
tura e isolamento e montagem de aproximadamente 300 equi-
pamentos, com um peso total de 613 t (entre moinhos, trans-
portadores de correia, transportadores helicoidais, silos, tanques,
bombas, compressores, motores elétricos, geradores, tombador
de carretas, blungers e outros). A Niplan também executou o lan-
çamento e ligação de 174 km de cabos elétricos, montagem de
805 instrumentos, além de toda a iluminação viária da planta.
Tanques de moagem de matéria-prima
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