Dragões #467 Out 2025 | Page 68

TEMA DE CAPA
OUTUBRO 2025 REVISTA DRAGÕES
NOME Vasco Viegas Andrade Santos Costa DATA DE NASCIMENTO 2 de dezembro de 2005 NATURALIDADE Matosinhos, Porto ALTURA 1,96m PESO 94 kg POSIÇÃO Lateral esquerdo CAMISOLA 18 CLUBES Académico FC ADA Maia FC Gaia AA São Mamede GC Santo Tirso FC Porto FC Gaia FC Porto Hammarby FC Porto
um país bastante desenvolvido. No inverno escurecia muito rápido e nós não estamos tão habituados, acho que foram essas as maiores dificuldades.
Em que patamar coloca a liga sueca? A liga sueca é muito equilibrada, toda a gente pode ganhar a toda a gente. Nós perdemos com o penúltimo classificado, o que mostra essa competitividade, mas diria que as melhores equipas não estão ao nível das principais em Portugal. Num bom dia podem dar boa luta, lembro-me que a melhor equipa no ano passado jogou contra o Benfica e ganhou um jogo e empatou outro, o que mostra a intensidade do campeonato.
Que lições retirou dessa etapa e como as usou nestas primeiras semanas para se afirmar? Já tinha jogado no FC Porto e já conheço a estrutura, a forma de jogar e a forma de pensar, portanto foi uma adaptação fácil porque eu também já sabia algumas coisas que eram precisas e alguns conceitos táticos que já tínhamos trabalhado. Não foi uma adaptação muito difícil, já conhecia mais de metade do plantel e acho que também integrámos bastante bem os jogadores mais novos.
Causou impacto desde o primeiro momento, foi inclusive o MVP na estreia no campeonato. Havia melhor forma de regressar? Fiquei muito contente, claro, é para isto que nós trabalhamos. A nível individual claro que fico contente e quero jogar o melhor possível, mas o coletivo é o mais importante, queremos ganhar e chegar o mais longe possível.
Como está a ser trabalhar com o Magnus Andersson nesta fase da carreira? Estou numa fase mais madura. Quando conheci o Magnus era mais novo, não tinha tanta experiência e tanta noção do jogo. Agora, como estou mais maduro e passei por outras experiências, também consigo responder melhor àquilo que é pedido e acho que estou a responder bem. Tenho uma relação bastante boa com o Magnus e estou a gostar bastante da forma como nós trabalhamos.
Foi ele que o lançou como sénior também. É o treinador mais importante que já teve? Tenho muitos treinadores importantes. O meu pai, pela forma como me desenvolveu durante tanto tempo quando era mais novo; o Carlos Martingo, que me acompanhou na equipa B e na minha passagem pelas seleções; o Magnus, dada a forma como me lançou; e também o meu treinador na Suécia, que apesar da curta passagem me acolheu numa fase em que voltei de uma lesão e tinha que jogar, dando-me bastantes condições para estar à vontade num campeonato que para mim era desconhecido. Diria que o Magnus foi um dos treinadores claramente mais importantes, até porque este ano tenho jogado bastantes minutos e tem sido uma aposta dele.
Os adeptos têm destacado a sua coragem no momento de atacar a baliza adversária. O medo fica sempre à porta do pavilhão? Depois das lesões nos joelhos, sempre me incutiram aquela noção de que não posso ir a medo. Porque, se for, posso magoar-me. Sinto que, se não formos a 100 %, há chance de nos magoarmos, então essa intensidade de jogo sempre foi uma coisa minha e é o meu estilo de jogo.
Em que aspetos está mais focado em melhorar? Gostava de melhorar a nível defensivo e também na componente física porque, nos melhores palcos, os jogadores são fisicamente muito fortes e acho que temos de estar sempre ao nosso melhor nível. Além disso, espero desenvolver
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