Dragões #467 Out 2025 | Page 27

ENTRE LINHAS
OUTUBRO 2025 REVISTA DRAGÕES
Saída limpa, combinações rápidas e eficácia na finalização: em Arouca, Francisco Moura concluiu uma obra coletiva.
FC PORTO 0-0 BENFICA
Clássico de contrastes e sem golos.“ Uma equipa tentou não perder e a outra fez de tudo para ganhar”, resumiu Farioli. Nos descontos, o ferro fez de guarda-redes e negou a vitória a quem somou as melhores oportunidades, controlando o espaço e o ritmo. Faltou o golo, sobraram ideias e ficou um lance capital por sancionar. Quando Deniz Gül recebe de costas na área, pronto para rodar e finalizar, António Silva segura-o de forma persistente, puxando-lhe a camisola, provocando a queda do avançado sueco e impedindo a ação técnica. O critério é simples: agarrão que impede ou condiciona a jogada é falta; dentro da área, é penálti. Ficou um penálti por marcar a favor do FC Porto, numa decisão com impacto direto no desfecho de um clássico decidido por centímetros. No resto, a fotografia mantém-se. Jan Bednarek foi literal:“ Eles vieram para sobreviver”; Francisco Moura afinou o diagnóstico:“ É uma sensação agridoce, controlámos e tivemos as melhores chances”. O Dragão empurrou até ao fim, a bola beijou a trave e não ligou no dia seguinte. Ficou o ponto, ficou a liderança. Mourinho trouxe o manual de sobrevivência e Farioli apresentou um plano de vitória, mas o ferro não quis colaborar. Acontece.
Se isto não é penálti, o que será? André Villas-Boas disse tudo e pediu pouco: critério, verdade desportiva, a mesma lei para os dois lados, VAR a ver e a aplicar, transparência nas decisões e respeito pelo jogo. As imagens falam por si; que a arbitragem as ouça.
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