Dragões #467 Out 2025 | Page 26

ENTRE LINHAS
OUTUBRO 2025 REVISTA DRAGÕES
AROUCA 0-4 FC PORTO
Segunda-feira por causa da feira. Em Arouca, no primeiro de três jogos em apenas sete dias, o FC Porto impôs-se num teste de maturidade e resiliência. A expulsão de Martim Fernandes parecia um plot-twist, mas acabou por servir de combustível, com três dos quatro golos a serem marcados em inferioridade numérica, num sinal claro de organização, pulso competitivo e uma crença que não mete folga.“ Provámos o desejo e o fogo de que somos feitos”, disparou Francesco Farioli, lembrando que por trás do ar tranquilo mora uma equipa pronta para acelerar no segundo seguinte. Na bancada, 2.500 portistas foram recompensados com uma vitória larga e com a confirmação de um padrão: quando o jogo pede carácter, o FC Porto confirma com golos. No relvado, Victor Froholdt resumiu a matriz competitiva:“ Temos sete vitórias seguidas no campeonato e não vamos parar por aqui”. Francisco Moura, o 11.º marcador da temporada, abriu a cortina dos bastidores:“ A equipa está conectada e queremos muito ajudar-nos uns aos outros”. Com menos descanso, mas com a ambição de sempre.
Quando o relógio apertava, apareceu Rodrigo Mora a fechar aos 89’ a noite europeia.
FC PORTO 2-1 ESTRELA VERMELHA
Com uma profunda rotação no onze e tempo de recuperação mais curto, o Dragão voltou a acender-se e a equipa respondeu com método. Paciência quando foi preciso, insistência quando o jogo pediu risco e golo no penúltimo minuto para fazer nove em nove em jogos oficiais. Os números são bons, mas o que realmente interessa é o que está por trás deles – o processo, o método, a ideia de jogo, a cultura competitiva.“ No Olival trabalha-se todos os dias para ganhar e com a noção de que a vida não é feita de recordes, mas de trabalho”, vincou Farioli, elogiando“ a resposta muito boa” do grupo e lembrando que a Liga Europa é uma competição“ muito exigente”. A passe de Pepê, Rodrigo Mora assinou a explosão final:“ O FC Porto luta sempre até ao fim; num calendário assim, todos contam”. Deniz Gül acrescentou o óbvio que se esquece depressa:“ Quando se trabalha muito, coisas boas acontecem”. E Pepê validou a cultura:“ Aqui não importa quem marca, importa que a equipa ganhe”.
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