“ Priorizo o coletivo e gosto de ver que todos estão bem. Posso considerar-me um líder pela positiva, porque não quero impor nada, apenas ajudar.”
ANDEBOL
SETEMBRO 2025 REVISTA DRAGÕES
“ Priorizo o coletivo e gosto de ver que todos estão bem. Posso considerar-me um líder pela positiva, porque não quero impor nada, apenas ajudar.”
Como têm sido os primeiros meses de trabalho sob o comando de Magnus Andersson? Não o conhecia antes desta experiência e tracei uma imagem completamente distorcida da realidade que depois vim a conhecer. Achava que seria mais fechado, mas já o vi sorrir muitas vezes no treino quando alguém faz algo engraçado e é simpático, uma pessoa acessível com quem posso falar.
Partilha a posição com o seu compatriota Linus Persson. Como é a vossa relação? Muito boa. Eu já conhecia o Linus porque, há 14 anos, estivemos juntos na seleção e até partilhámos o quarto de hotel, por isso foi bom para mim reencontrá-lo. Ele também é muito acolhedor e alguém com quem é fácil ter uma conversa, por isso tudo tem sido fantástico desde o primeiro dia.
Que conhecimentos podem partilhar? É essa a beleza do desporto. Somos dois jogadores diferentes, eu posso aconselhálo mais vezes a rematar à distância porque ele é um jogador mais voltado para entrar aos seis metros e, quando temos uma caraterística forte, por vezes esquecemo-nos do resto. Ele pode ajudarme muito também na definição das jogadas, temos falado muito e aprendido de forma a ficarmos mais completos.
Tal como o Linus, o Marcus é internacional pela Suécia. Que experiência lhe traz esse estatuto? Sou um dos mais velhos do plantel e posso contribuir para a equipa se sentir mais confortável e calma. Os jovens gostam de estar sempre a aumentar o ritmo e por vezes jogam depressa demais, o que os leva a cometer faltas técnicas e a perder ataques. Sou um jogador que, nesse momento, gosta de acalmar e pensar o jogo. Sinto também que posso ajudar os meus colegas ao falar com eles e passar-lhes boa energia. Priorizo o coletivo e gosto de ver que todos estão bem. Posso considerarme um líder pela positiva, porque não quero impor nada, apenas ajudar.
O andebol em Portugal é muito diferente do que se joga no Norte da Europa, mais tático. Como está a ser a adaptação e como se quer destacar aqui? Uma das maiores qualidades é a minha fácil adaptação a diferentes cenários. Quero apenas mostrar o meu andebol, já começo a sentir que me consigo ligar com o Rui [ Silva ] e com o Pol [ Valera ] e isso é muito importante pois não penso em fazer as coisas sozinho, mas sim entrosar-me bem no jogo da equipa.
A capacidade que tem de rematar de longe é amplamente elogiada.
72