Dragões #466 Set 2025 | Page 73

ANDEBOL
SETEMBRO 2025 REVISTA DRAGÕES
NOME Marcus Glenn Dahlin DATA DE NASCIMENTO 29 de maio de 1991 NATURALIDADE Gotemburgo, Suécia ALTURA 2,04 m PESO 104 kg POSIÇÃO Lateral direito CLUBES Stenungsunds IF Alingsas HK TMS Ringsted OIF Arendal IFK Kristianstad Mors-Thy Sonderjyske HB Ribe-Esbjerg Minaur Baia Mare FC Porto
É a sua maior qualidade? Sempre foi a minha principal valia, mas também acho que sou muito bom a jogar com os pivôs, principalmente os portentosos como temos, porque basta saltar e jogar por cima. É uma forma de tornar o andebol fácil. O remate de longa distância sempre foi algo por que me destaquei, até porque gosto de jogar longe da defesa adversária, assim evito o contacto que me pode desequilibrar. Não é que não goste de contacto, eu gosto e às vezes até ajuda porque transmite uma certa fúria. Na semana passada, um dos meus colegas acertou-me na cara e pediu-me desculpa e eu disse:“ Não, não peças desculpa, continua”.
Como se descreve em termos defensivos? Sou alto, mas não sou um dos elementos mais fortes do plantel. Uso muito a minha altura e tento ler os adversários, principalmente os pivôs. Em vez de estar
“ O remate de longa distância sempre foi algo por que me destaquei, até porque gosto de jogar longe da defesa adversária, assim evito o contacto que me pode desequilibrar.”
a lutar constantemente com eles, tento apenas ler os movimentos e ganhar a frente para controlar melhor. Durante quase toda a minha carreira, sempre defendi a segundo [ n. d. r.: defensor que marca o lateral adversário ], mas na verdade jogo onde o treinador quiser.
Afirmou que é um lutador e gosta de ver os colegas felizes. A equipa está acima de tudo? Cada vez mais com o passar da idade. Quando és mais novo, queres marcar dez golos por jogo. Ainda quero marcar muitos golos, mas agora vejo que a exibição coletiva é muito mais importante do que a individual, ainda que cada uma das nossas exibições contribua para a da equipa. Às vezes vejo jovens noutras equipas a rematar 20 vezes e penso: vais marcar dez ou 12 golos, mas a que custo? Os golos não são tudo no andebol, quero o melhor para a equipa.
Que primeira impressão lhe causou esta nova realidade? É um clube extremamente profissional, nunca tinha experienciado algo assim. Foi um choque no bom sentido da palavra. Tudo tem sido fantástico, temos o que precisamos e é difícil descrever o quão bom isso é.
A sua estreia não terminou como desejado na Supertaça Ibérica. Como tem progredido a equipa desde esse momento? Defrontámos o Barcelona, uma equipa incrível e muito difícil de bater. Ainda assim houve bons momentos nesse jogo. Contra o Ademar León cometemos muitos erros, mas viemos para casa corrigi-los o mais rápido possível. Ainda há trabalho a fazer na defesa porque há vários jogadores novos e de diferentes nacionalidades, temos de melhorar a comunicação, mas estamos a chegar lá. Sinto que estamos a melhorar diariamente e que todos confiam uns nos outros.
No campeonato, começaram a todo o gás. Esta sequência de vitórias é para perdurar até ao final da época? Claro, mesmo sabendo que o Sporting é muito bom e os jogos contra eles serão muito difíceis, mas é andebol e tudo pode acontecer. Com as nossas qualidades, que tenho visto que são muito altas, conseguimos ganhar-lhes, basta estarmos focados e querermos mais do que eles. Temos todas as condições para isso.
Vão arrancar também o percurso europeu. Está entusiasmado? Estou muito entusiasmado. No ano passado joguei a Taça Europeia, que é a terceira competição internacional, por isso esta época subi de nível. Vai ser uma grande aventura. Conheço alguns jogadores do Elverum, vai ser bom defrontá-los.
Nestas competições, as bancadas fazem sempre a diferença. O que acha dos adeptos do FC Porto? Os adeptos são mesmo muito bons. Espero que nos ajudem o máximo possível em todos os jogos com o seu apoio e vamos retribuir da melhor forma possível.
O que podem esperar de si? Podem esperar um lutador que quer marcar muitos golos e conhecêlos para que estejamos todos com a ambição no máximo.
Nestes primeiros meses, o que mais explorou na cidade? Já passeei pelo centro e é incrível. A Ponte Luís I é mesmo muito bonita, até chega a ser um clichê dizer isto. Também adorei o Jardim da Cordoaria, tem muitos cafés e é um espaço acolhedor.
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