Paulo Cunha acredita que a DRAGÕES“ sempre foi uma janela mensal para a história e para as conquistas do clube”, além de ser“ um arquivo vivo que eterniza tudo o que envolve o FC Porto”. plantel predominantemente português. Queremos formar a nossa Kika [ Nazareth ], sabemos que ela anda por aí e vamos à procura dela. Para isso acontecer temos de começar muito cedo, com jogadoras muito novas e dar-lhes contextos de alta superação para que o desenvolvimento seja feito de uma forma mais acelerada, mas com todo o rigor científico ao nível do treino.
FUTEBOL
JUNHO 2025 REVISTA DRAGÕES
Paulo Cunha acredita que a DRAGÕES“ sempre foi uma janela mensal para a história e para as conquistas do clube”, além de ser“ um arquivo vivo que eterniza tudo o que envolve o FC Porto”. plantel predominantemente português. Queremos formar a nossa Kika [ Nazareth ], sabemos que ela anda por aí e vamos à procura dela. Para isso acontecer temos de começar muito cedo, com jogadoras muito novas e dar-lhes contextos de alta superação para que o desenvolvimento seja feito de uma forma mais acelerada, mas com todo o rigor científico ao nível do treino.
A entrada em cena do FC Porto trouxe um novo fôlego ao futebol feminino? Acho que fez acordar alguns clubes. Quando o FC Porto abraça um projeto quer sempre ficar em primeiro e ganhar, por isso temos de adotar as boas práticas da formação masculina e beber desse conhecimento para sermos uma referência no feminino. Queremos liderar este processo, ir à procura de talentos cada vez mais jovens, trazê-los para as nossas equipas e criar esse contexto de superação para que um dia mais tarde possam jogar no Dragão.
Quando vamos ver a equipa feminina a jogar regularmente no Dragão? Já houve dois momentos importantes nesse sentido. Sabemos que a administração está disponível para isso, mas estamos convencidos de que vamos ter mais oportunidades quando chegarmos à Liga BPI. Sempre que olhamos para este estádio vemos a paixão de tantas atletas que gostavam de desfrutar desta experiência única. Estamos a trabalhar nesse sentido, com calma e sem pressas para fazermos as coisas bem.
Só há cinco equipas do Norte na Liga BPI. Sendo o FC Porto um baluarte da região, de que forma é que pode ajudar a expandir o futebol feminino?
Não tenho dúvidas de que isso já está a acontecer. Somos responsáveis por pensar o futebol feminino e já estamos a desenvolver esse trabalho ao estudarmos a questão do treino e do jogo. Os quadros competitivos têm de ser refletidos porque parece-nos que estão afastados desta realidade. Vamos ter equipas femininas e tentar que elas compitam com rapazes de forma a proporcionar-lhes o desenvolvimento necessário para chegarem ao campeonato nacional.
Como é que se constrói uma equipa com uma identidade competitiva forte? Existe muito talento e muita qualidade. É preciso criarmos contextos, espaços, condições de treino para que as nossas atletas se consigam desenvolver. Vejo muitas jovens com muito talento que se estivessem bem enquadradas chegariam a um patamar de rendimento superior.
56