“ Nunca olhei a caras para tentar ganhar um lance. O meu objetivo era ser o melhor jogador em todos os treinos, destacar-me e mostrar que conseguia fazer o que o treinador pedia.”
TEMA DE CAPA
MAIO 2025 REVISTA DRAGÕES
“ Nunca olhei a caras para tentar ganhar um lance. O meu objetivo era ser o melhor jogador em todos os treinos, destacar-me e mostrar que conseguia fazer o que o treinador pedia.”
Turquia, porque ele estava no Fenerbahçe. Eu mal sabia dizer o nome do Kasimpasa, mas ele perguntou ao diretor desportivo e disse-me“ tens que vir. Aquilo é um clube espetacular, tem um centro de treinos muito bom e a cidade é Istambul. Vamos ser vizinhos, quando precisares vens aqui para casa. Ainda daí!”. Começámos a passar os fins de semana juntos, ele convidava-nos para o Natal e passagem de ano, levava a família toda e nós fazíamos parte dela. Estávamos em casa com outra família que passou a ser a nossa também. Quando ele vinha a Portugal eu ficava com o cão dele na Turquia e criou-se uma amizade muito grande entre as famílias, as esposas e os filhos.
O convite do Sporting de Braga no Verão de 2020 era irrecusável? Há uma noite, ainda na Turquia, em que a minha mulher me pergunta“ quanto tempo falta até voltarmos para Portugal?”. Na altura o covid-19 estava prestes a explodir, muita coisa a acontecer, e aquilo marcou-me. Numa conversa com o Rui
Fonte disse-lhe que queria voltar para Portugal e que já não queria mais jogar no estrangeiro. Ele disse que ia falar com o presidente e eles demonstraram logo interesse, mas antes de assinar pelo Braga fiz questão de que no FC Porto soubessem disso. Antes de assinar pelo Braga disse ao FC Porto que ia voltar para Portugal e, se achassem que podia ser útil, eu estava disponível. Assim não foi, mas antes de assinar pelo Braga mostrei-me disponível para voltar para o FC Porto.
Logo na época de estreia joga a final da Taça como titular e conquista o troféu depois de vencer o Benfica( 2-0). A motivação de um portista é outra contra o rival da Luz? Não. Adorei jogar no Braga, foi um clube de que aprendi a gostar, fui superfeliz, conheci jogadores muito bons, pessoas boas, um clube em crescimento e adorei aquilo. O meu primeiro jogo depois de voltar para Portugal foi no Estádio do Dragão e o primeiro golo é meu. É um golo que não festejo e custou-me um bocado. Essa época foi muitíssimo boa, tínhamos uma equipa muito forte no primeiro ano e chegámos à final da Taça. É sempre especial ganhar ao Benfica, mas naquele momento só nos interessa conseguir um título, o meu primeiro fora do FC Porto e logo numa competição tão grande. Foi muito especial.
Não teve um sabor amargo jogar a final em Coimbra num estádio vazio? Muito. É uma final da Taça, estamos habituados à festa e nem as fotografias têm o mesmo simbolismo de uma vitória no Jamor. Fica esse sabor amargo, mas há coisas que não controlamos, o que controlamos é a possibilidade de ganhar o jogo e foi isso que conseguimos.
30 de agosto de 2024 foi um dia tão feliz como aquele em que o FC Porto o descobriu no Gondomar? Falei com o meu empresário e disse para ele informar o FC Porto de que caso me quisessem para a equipa B eu estaria disponível para sair do
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