Dragões #460 Mar 2025 | Page 34

“ Sempre quis jogar no FC Porto e trocaria qualquer outra proposta pelo FC Porto porque este é que é o meu clube, a minha paixão desde pequenina.”
FUTEBOL
MARÇO 2025 REVISTA DRAGÕES
Não, não acreditava de todo. Estou a concretizar um sonho de infância.
Por que é que jogar neste clube era tão importante? Sou portista desde que nasci e jogar aqui é um sonho muito grande tornado realidade.
Qual foi a sua reação quando recebeu o convite? Estava com a minha família a almoçar num restaurante quando recebi a chamada do sr. Graça, contei logo ao meu avô e ele disse-me para atender. Convidaram-me para vir ao Dragão ter uma reunião e fiquei logo muito feliz. Quando cá vim estava muito nervosa, mas depois já só queria que a pré-época começasse o mais depressa possível.
“ Sempre quis jogar no FC Porto e trocaria qualquer outra proposta pelo FC Porto porque este é que é o meu clube, a minha paixão desde pequenina.”
Recebeu propostas para jogar na Primeira Liga. Não teve medo de deixar passar uma grande oportunidade? Sempre quis jogar no FC Porto e trocaria qualquer outra proposta pelo FC Porto porque este é que é o meu clube, a minha paixão desde pequenina.
Como é representar o FC Porto depois de ter estado tantos anos no Boavista? É tudo diferente. No Boavista treinava à noite e aqui os treinos são durante a tarde. A equipa técnica é diferente, as condições são diferentes.
Qual é a sensação de jogar de azul e branco? É um orgulho enorme para mim e para a minha família. Quero que eles estejam sempre orgulhosos e sei que jogar aqui também é o que eles sempre quiseram para mim.
A família é toda portista? Não, eu sou a única [ risos ].
Então como surgiu a paixão pelo clube? Desde pequenina que os meus pais sempre me levaram ao Dragão, mesmo não sendo portistas. Eu sempre adorei ver jogos de futebol e como somos daqui de perto os meus pais traziam-me ao estádio. Acho que foi assim que começou.
Como recorda a estreia no Dragão perante 31.093 pessoas? Estava muito ansiosa, só sentia borboletas na barriga, e quando o jogo começou ainda estava muito nervosa. Nem sabia o que fazer com a bola, mas depois acabou tudo por fluir.
Alguma vez imaginou ter tantos adeptos no jogo de apresentação? Nem imaginei que conseguíssemos bater os 15 mil, mas depois o jogo começou a desenrolar-se e cada vez havia mais gente a entrar.
O que sentiu quando marcou no Dragão e ouviu os adeptos gritarem o seu nome? Fiquei tão feliz, mas nem percebi muito bem o que estava a acontecer. Estava tão nervosa [ risos ].
Na altura houve quem tivesse dificuldades em dizer Khudyakova, de onde vem o apelido? Os meus pais são ucranianos e o meu pai tem família russa também.
Chegou a viver na Ucrânia? Vivi sempre em Portugal, mas já estive lá de férias. Ainda tenho relação com esse lado da família.
Como é que alguém com ascendência ucraniana vê a situação do país? É triste. Tanto a minha mãe quanto o meu pai ainda têm lá família e fico triste por saber como as coisas estão.
Agora, depois de 50 golos em 24 jogos, não há um portista que não conheça o apelido Khudyakova. É nome de goleadora? O meu forte sempre foi a finalização. Marcar golos é o que mais gosto de fazer.
Quantos golos é que acha possível marcar esta temporada? Talvez uns 60 ou 70. Ser a melhor marcadora é um dos meus principais
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