Direito e Informação na Sociedade em Rede: atas Direito e Informação na Sociedade em Rede: atas | Page 147

Fig. 1 – As licenças do Creative Commons em três camadas Fonte: Creative Commons 1ª Camada: Texto Legal – “Cada licença começa por ser um instrumento legal tradicional, no gênero de linguagem e formato de texto que os advogados conhecem e adoram. Chamamos a esta camada de cada licença de Texto Legal”; 2ª Camada: Legível por Humanos – “A maioria dos criadores, educadores e cientistas não é de advogados, assim a Creative Commons disponibiliza as licenças num formato que pode ser lido por todos – o Resumo Explicativo (também conhecido como a versão das licenças “legível por humanos”). O Resumo Explicativo é uma referência útil tanto para os licenciantes como para os licenciados, sumariza e expressa alguns dos termos e condições mais importantes. Você pode considerar o Resumo Explicativo como uma interface amigável com o Texto Legal subjacente, embora o Resumo não seja, em si mesmo, uma licença e o seu conteúdo não forme parte do Texto Legal propriamente dito”; 3ª Camada: Legível por Máquinas – “A camada final das licenças reflete o fato de que o software, desde motores de pesquisa, passando pelos pacotes de produtividade no escritório, até à edição de música, desempenha um papel enorme na criação, cópia, descoberta e distribuição de trabalhos. Para que a Internet identifique facilmente quando um trabalho está disponível sob uma licença Creative Commons, a Creative Commons disponibiliza uma versão digital (“legível por máquinas”) da licença – um resumo dos direitos e obrigações, expresso num formato que as aplicações informáticas, motores de pesquisa e outros tipos de tecnologia, possam compreender”. O CC objetiva especificamente a divulgação dos bens intelectuais em seus vários formatos e características dos seus criadores. Desta forma, um criador por escolher usar a licença de sua obra a partir de uma licença particular e que melhor atenda seus interesses. As licenças do CC podem ser utilizadas seja qual for a obra, como filmes, músicas, fotos, textos, blogs, bancos de dados, etc. De acordo com Ronaldo Lemos (2005, p. 83). Essas licenças criam uma alternativa ao direito da propriedade intelectual tradicional, fundada de baixo para cima, isto é, em vez de criadas por lei, elas se fundamentam no exercício das prerrogativas que cada indivíduo tem, como autor, de permitir o acesso às suas obras e a seus trabalhos, autorizando que outros possam utilizá-los e criar sobre eles. 135