De Pompei a Pompeia De Pompei a Pompeia - Miolo - A5 136pag | Page 17
católica e preservar o mundo recém-descoberto e a se descobrir,
contra as pregações daninhas dos discípulos de Lutero, já agora
divididos em várias seitas, como luteranos, calvinistas, anglica-
nos, etc.
Foi nesse momento que o Brasil recebeu os primeiros missio-
nários franciscanos. Como era costume, toda a expedição oficial,
além do caráter oficial militar e de conquista, tinha um caráter
religioso na obtenção de almas para Deus e se fazia acompanhar
de religiosos. Assim, na expedição de Pedro Álvares Cabral, em
1500, vieram alguns franciscanos. Mas só em 1585, século XVI,
chegou a primeira leva considerável de membros da Ordem dos
Franciscanos. Os capuchinhos, ordem franciscana reformada, só
chegaram ao Brasil em 1612. Metódio de Nembro, em seu livro
Storia dell’Atività missionária dei Minori Cappuccini nel Brasile,
apresenta um documento em que aparecem os nomes de dois
frades que teriam chegado ao Brasil: Frei Anselmo (de origem
italiana), em 1538, e Frei Ângelo de Lucca, em 1580.
Sobre a origem dos capuchinhos, a Enciclopédia Barsa traz-nos
um pequeno histórico. A Ordem Religiosa dos Frades Menores
Capuchinhos ou Capuchos é uma das três ramificações autôno-
mas da Ordem dos Franciscanos. Os capuchinhos surgiram em
1525, quando o Papa Clemente VII autorizou o uso de um capuz
pontiagudo, indicando a adoção de uma vida nos moldes de um
eremita e de pregação para os pobres. Em 1528, o Padre Mateus
de Bassi mudou o hábito franciscano para um mais simples,
mais de acordo com o espírito de São Francisco de Assis. Nesse
mesmo ano, Clemente VII desligou os capuchinhos da obediência
aos franciscanos conventuais. O vigário geral dos capuchinhos
passou a ser o ministro geral, no ano de 1619, por ordem do Papa
Paulo V. Os capuchinhos distinguem-se exteriormente dos fran-
ciscanos por seu hábito marrom-escuro, além do citado capucho;
andam de sandálias e deixam crescer a barba; não podem possuir
bens, individual ou comunitariamente. Posteriormente, em 1643,
o Papa Urbano VIII aprovou uma constituição definitiva, a qual
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