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Aqui se canta BAURU Artistas com duas paixões em comum: a cidade de Bauru e a música Dandara Adrien A banda Geleia Jutaí revela novos talentos no cenário musical da cidade A cultura de Bauru é bem ampla e claro, está presen- te também na música, tan- to nas apresentações que ocorrem na cidade, quanto nas letras de algumas canções que fazem referência ao mu- nicípio. Algumas delas contemplam pontos turísticos da região e/ou men- cionam um dos lanches mais famosos que deu nome à cidade. E é a partir disso que vamos conhecer a banda Ge- leia Jutaí, formada por estudantes da Unesp, campus de Bauru. A banda surgiu em 2015 e, no iní- cio, era composta por apenas quatro integrantes. Mas desde 2017 mantém a sua formação atual, com: Vinícius Gá- lico (voz e guitarra), Caê Oliveira (voz e guitarra), Bruno Olgas (baixo), Yuri Ferreira (bateria), Lucas Baldo (saxo- fone e percussão) e Gustavo Lustosa (teclado). Em entrevista, Vinícius Gálico conta que a Geleia Jutaí teve início a partir de uma afinidade musical entre eles e que, após os primeiros shows, decidiram levar a banda adiante como forma de aproveitar o momento da fa- culdade fazendo o que mais gostam. Com inspiração no samba-rock, no soul e em ritmos nordestinos, os garo- tos se apresentam em festas universitá- rias e em alguns bares da cidade, bus- cando visibilidade no cenário artístico bauruense. E uma das composições mais co- nhecidas da banda é “Bauruts”, de 2016. Vinícius revela que a ideia da música surgiu com o intuito de falar sobre Bauru de uma forma subjetiva, tentando descrever a cidade sob a óti- ca dos próprios músicos. “Em várias conversas, a gente percebeu que te- mos uma perspectiva de Bauru muito diferente das pessoas que moram aqui, trabalham, enfim, que não estudam na Universidade; a gente vive numa bolha muito distinta. Então decidimos escre- ver sobre o que a gente vive aqui. A gente fala da nossa vivência como uni- versitários, por isso a gente queria dei- xar registrado esse momento do nosso ponto de vista sobre a cidade, porque é um período que marca nos marca muito e vamos levar com carinho isso pra frente, então nada melhor do que ter isso em forma de música”, explica o vocalista. A inspiração para “Bauruts” tam- bém veio por meio de uma situação no mínimo curiosa. “A música começou a ser escrita num dia que tava eu e o Caê no apartamento dele e caiu uma tem- pestade muito forte e faltou água, não sei como, não sei explicar isso, mas choveu tanto que acabou a água no bairro inteiro. Tanto é que esse é o primeiro verso do refrão, por ser uma ci- dade paradoxo, porque justamente quando cho- ve tem algum problema que faz faltar água. E a partir daí a gente viu que seria ideal escrever mais coisas sobre a cidade; coisas curiosas e pi- torescas”, conta Vinícius. Considerada a Springfield brasileira, a cida- de do interior de São Paulo também é famosa por seu tradicional e conhecido sanduíche bauru. Sabendo disso, o grupo Geleia Jutaí utiliza desse fato para “brincar” com a letra da canção e com a originalidade do lanche, deixando claro que “bauru sem tomate é misto”. É importante ressaltar ainda que, na opinião de Vinícius Gálico, apesar de estar distante das grandes capitais que são importantes cenários na música, Bauru possui um diferencial. Segundo o vocalista, os artistas bauruenses conseguem en- frentar todas as dificuldades para se dedicar ao sonho de viver de música. “Bauru tem uma gale- ra que corre muito por fora pra tentar fazer o que gosta. Por ser uma cidade menor, a galera se vira e faz acontecer”, comenta. Outro músico que também dedicou suas criações para a cidade de Bauru foi Bitenka Bit- tencourt. Com uma pegada mais MPB e com inspiração na banda The Beatles, o bauruense de coração é atuante como cantor, compositor e instrumentalista a mais de 30 anos e não esconde sua admiração pela cidade-lanche. Dentre suas composições, três fazem refe- rência ao município: “Voo à vela”, “Bauru origi- nal” e “Nossa Bauru”. As melodias falam sobre o céu, o sanduíche, os lugares mais conhecidos e até as pessoas famosas nascidas em Bauru. Trechos como: “Nações Unidas, Vitória Ré- gia / Estou na cidade do voo à vela”, “A Cidade de Bauru balançou meu coração / Já tem tradição do recheio do meu pão”, ou ainda “Nosso astro- nauta é ‘Marco’ / E o rei é Pelé / Noroeste nos seus vagões, nosso café / Bauru...”, confirmam o carinho que Bitenka sente ao falar da cidade que tão bem lhe acolheu como artista e como ci- dadão. E talvez esse seja um dos motivos para ser considerada uma “cidade sem limites”, já que em Bauru não há barreiras para a arte, para a música e para a criatividade. E estes são alguns dos talentosos músicos que não tiveram limites ao dedicar suas ideias para homenagear Bauru e, sem dúvida, eles também viraram símbolos atrativos e culturais para os bauruenses e para os visitantes. No caminho da música Divisão de Ensino às Artes (DEA) O DEA oferece cursos gratuitos de violão, flauta, canto e teoria musi- cal. As inscrições acontecem sem- pre no início de cada semestre. TELEFONE: (14) 3235-1193 Projeto Guri Aqui os jovens aprendem canto coral e diferentes instrumentos de orquestra. A inscrições acontecem duas vezes ao ano e o Projeto conta com o apoio da Secretaria Munici- pal de Cultura. SITE: http://www.projetoguri.org. br TELEFONE: (14) 3239-6709 04 Bauru oferece diversas oportunidades gratuitas de formação musical Dandara Adrien B astante diversificado, o cenário cultural em Bauru abrange diferentes esti- los musicais através de projetos para quem busca aprender algum instru- mento, fazer parte de grupos artísticos e, quem sabe, seguir carreira. São cur- sos gratuitos que se tornaram referên- cia em todo o Estado de São Paulo. Mantidos pela prefeitura e outras organizações sociais, os cursos estão disponíveis tanto no centro da cida- de para facilitar o acesso dos alunos, quanto nos bairros mais afastados de Bauru, com o intuito de levar a músi- ca até as regiões onde a cultura muitas vezes não chega. Com apresentações e workshops, esses projetos musicais criam um caminho de possibilidades principalmente para as crianças e para os adolescentes, buscando despertar o interesse desse público e possibili- tando, além do desenvolvimento pro- fissional, um crescimento pessoal, já que, muitas vezes, afastam os jovens de atividades prejudiciais e os aproxi- mam da arte. ) Banda Liceu Noroeste As aulas de vários instrumentos são para alunos de ambos os sexos e a inicialização começa a partir dos 10 anos de idade. E-MAIL: adalberto.maestro@ hotmail.com Orquestra e Banda Sinfônica Municipal O curso preparatório recebe alunos entre 11 e 15 anos e as inscrições são feitas nos meses de janeiro e julho. Os ensaios acontecem na an- tiga Estação Ferroviária, hoje sede do Museu e Estação Cultural. TELEFONE: (14) 3232-4343/ 3232-9493