que banir Romeu e Julieta porque glori-fica o suicídio na adolescência. O filme não é sobre isso. Fiquei muito surpreso, mas essa foi uma visão da extrema direita - geralmente, a pressão para controlar a fala vem, o tempo todo, dessas pessoas.
O senhor geralmente lê o que a crí-tica diz sobre o seu trabalho?
Claro, tenho curiosidade. Não levo as críticas com leveza, mas também não as levo tão a sério. Não sei que tipo de educação formal os críticos têm hoje em dia, mas, se precisam assistir a quatro, cinco, seis filmes por semana, ao longo de vários anos, eles não têm uma reação pura como a do público.
Tendo em vista o histórico de Courtney Love com o uso de drogas, foi um risco trabalhar com a atriz em Larry Flint?
Veja, o estúdio não queria que eu a escalasse porque não queriam segurá-la, por causa desse histórico com as drogas. Então tive que ir atrás disso eu mesmo,
mas o custo era de US$ 1 milhão, e o es-túdio disse que não iria pagar este valor.
Mas eu acreditava tanto nela que eu, Woody Harrelson [protagonista do filme], Oliver Stone [produtor], Michael Hausman [produtor] e a própria Courtney entramos com US$ 200 mil cada.
Quando decidi que a queria, eu dis-se "Courtney, vou lutar por você se me der sua palavra de que não vai me trair". E ela me deu sua palavra, e acreditei ne-la. Ela ficou limpa durante a filmagem inteira, e foi uma pessoa absolutamente maravilhosa de trabalhar.
No mesmo ano em que filmou O Mundo de Andy (1999), com Jim Carey no papel de Andy Kaufman, batizou seus filhos gêmeos de Jim e Andy. O senhor tem uma relação intensa com os atores?
Sim. É o ator que as pessoas vêem na tela, não eu. Mas é um fenômeno engraça-do, o cinema. Enquanto filmamos, somos como uma família muito próxima; e, quan-do terminamos, muitas vezes nunca mais nos vemos. Cada um vai para o seu lado.
"Ninguém pode realmente influenciar ou subornar a Academia; caso contrário, só os blockbusters ganhariam"
Assista abaixo o trailer oficial do filme: