Congresos y Jornadas Didáctica de las lenguas y las literaturas. | Page 311

a serem feitas a todos os participantes e outras eram acrescentadas de acordo com o que os participantes falavam. Já o questionário de avaliação final teve por objetivo saber se os participantes utilizariam ou não esse processo interativo de correção com os seus próprios alunos, bem como saber a percepção dos demais alunos da turma pesquisada sobre o processo de correção com os pares, uma vez que estes não foram entrevistados. Reflexões dos alunos sobre o processo da escrita Escrever bem é uma tarefa extremamente árdua que implica a escolha acertada de diversas variáveis, como, por exemplo, palavras adequadas, sintaxe adequada, estilo adequado etc. (OMMAGIO, 1986). Essa complexidade pode fazer com que os alunos considerem o ato de escrever uma experiência extremamente dolorosa, que lhes causa angústia e insegurança. Outros aspectos que dificultam a expressão escrita na L2/LE é a falta de vocabulário sobre o tópico a ser desenvolvido, fatos esses mencionados pelos alunos nos seguintes relatos: [1] Cristiano: Na hora que eu vou escrever, eu começo, assim, a entrar em pânico ou sinto mal, vertigem. É uma experiência muito dolorosa. Porque, assim, ah eu queria ter um estilo marcado, eu queria me exprimir de forma clara, brincar com o texto, com as frases. Então, cada frase que escrevo é um parto doloroso, sabe? [...] Eu tenho sempre um corretor dentro de mim que não deixa nada vir à tona. Quando eu vejo textos de colegas, pela comparação eu reduzo muito o meu. Nossa, o meu vai lá pro chão. [...] A relação com a escrita minha é problemática. Eu acho que é problemática justamente porque eu quero demais. (Entrevista sobre a segunda atividade de correção) [2] Eduarda: Me falta vocabulário na hora de escrever o texto, de encontrar as expressões. Por exemplo, no caso da resenha de um filme, né, roubou a cena, foi uma atuação brilhante, esse tipo de vocabulário que a gente tem no português, mas como que será isso no inglês? Aí eu me senti um pouco, senti dificuldade foi aí. (Entrevista sobre a terceira atividade de correção) Essa experiência negativa em relação à escrita é típica de uma abordagem que focaliza o produto. Devemos conscientizar os alunos de que um produto é resultado de um processo e, se os alunos tiverem a chance de perceber a escrita como um processo pelo qual eles podem explorar e descobrir seus pensamentos e ideias, o produto, também, apresentará notáveis melhorias. Isto é favorecido pelo processo de reescrita textual, como é atestado pela seguinte aluna: 1076