Congresos y Jornadas Didáctica de las lenguas y las literaturas. | Page 651
vários aspectos: em sua leitura, em sua correção e em seu retorno para o aluno. E nos
ambientes on-line – ondese destaca a velocidade das informaçõese a não limitação do
espaço físico, como em uma sala de aula– então supõe-se se que poderia também
atender a mais alunos.
Mas como ser rápido em uma correção de textos que têm por base o diálogo e a
interação nesse ambiente Moodle? A solução encontrada no período pelo grupo de
professores responsáveis e equipe gestora foi fazer a indicação do problema, mas de um
modo mais breve e direto. Isso ocorreu em razão de que todos os envolvidos no
Programa – como costuma acontecer geralmente com todos os professores –estarem em
várias outras atividades cotidianas do ambiente acadêmico presencial, além das
interações no ambiente virtual. Assim, as correções de textos nesse ambiente
caracterizavam-se com mais uma das inúmeras outras tarefas realizadas pelos
professores.
Apesar de haver a orientação do grupo para que as correções fossem breves e
diretas, na dinâmica das correções de textos, os professores envolvidos preferem
distanciar-se dessa prescrição a fim de buscarematingir mais diretamente os alunos e
vão mudando a sua forma de correção, como vimos na análise das devolutivas dos
outros 4 textos produzidos. Fica claro que os professores buscam atingir o aluno e não
simplesmente cumprir a tarefa de corrigir os textos. Os professores percebem o
destinatário do seu discurso, ou seja, conforme o ISD e Bakhtin/Volochinov (2009, p.
117), eles percebem que“toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo
fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige a alguém.”.
Buscando atingir o aluno, os comentários aos textos das demais produções
tentam especificar mais claramente os problemas de cada texto, com frases como
“Reveja o seu ponto de vista em relação à Amazônia” ou “Pense no leitor e traga dados
estatísticos”. Nesses comentários, os professoresprocuram dialogar bem mais com os
alunos. Para isso, elaboram ferramentas: partindo dos textos dos alunos, os professores
construíram um conjunto de recados que poderiam ser retomados e replicados para
vários textos. Vale destacar, entretanto, que se houvesse um número menor de alunos, o
professor nem precisaria recorrer a esse tipo de solução, podendo ter mais tempo para
dialogar com cada texto por meio de uma correção textual-interativa.
A solução para essa nova interlocução não veio das ferramentas do próprio
sistema, mas da ação e reflexão do próprio professor. É lógico que é necessário que o
professor reflita e aja, mas as pesquisas sobre o trabalho docente vêm apontando cada
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