Congresos y Jornadas Didáctica de las lenguas y las literaturas. | 页面 329

1999, 2004) porque esse quadro teórico-metodológico nos possibilita entender o funcionamento e o desenvolvimento humano, relacionando-os ao agir e à linguagem, além de colocar em destaque o papel fundamental que cada um exerce.
Assim, o ensino de línguas deve se pautar em uma concepção de gramática que tenha como referência a sua função no sistema linguístico que, por sua vez, siga uma dinamicidade sócia histórica e cultural dos falantes e por isto sofre alterações ao longo do tempo. Considerando este fato, é que reconhecemos que apesar das restrições e regularidades inerentes ao sistema da língua, o usuário de uma língua dispõe de liberdade na construção organizacional dos enunciados, a fim de responder e se adequar às diversas exigências das situações comunicativas. A partir deste posicionamento é que corroboramos com os postulados da gramática funcional para o ensino de PLE e que se define como,
Por gramática funcional entende-se, em geral, uma teorização da organização gramatical das línguas naturais que procura integrar-se em uma teoria global da interação social. Trata-se de uma teoria que assenta que as relações entre as unidades e as funções das unidades têm prioridade sobre seus limites e sua posição, e que entende a gramática como acessível às pressões do uso.( NEVES, 1997, p. 15)
Diante desse posicionamento de Neves, estabelecemos um diálogo com Bronckart( 1999, p. 32), para quem as atividades humanas são reguladas e mediadas pelas interações verbais( orais ou escritas). A língua, dessa forma, assume um papel importante nas atividades humanas. É através dela que o homem interage e age, nos mais diversos campos das atividades sociais.“ A linguagem é, primariamente, uma característica da atividade social humana, cuja função maior é de ordem comunicativa ou pragmática.”( BRONCKART, 1999, p. 34).
Para que a função comunicativa e pragmática da linguagem seja materializada e passíveis de análise por via das práticas humanas é que se desenvolveu, quando da interação através da linguagem oral bem como a escrita, as questões da textualidade. Em especial, direcionamo-nos para os fatores que envolvem o ensino e a aprendizagem da coesão nominal. A coesão nominal é vista por Bronckart( 1999) como uma categoria de análise dentro do folhado textual, é recurso linguístico discursivo de grande importância para a manutenção do conteúdo referencial e organização temática. A coesão nominal é tema de vários estudos, sob as mais diferentes teorias linguísticas. Na proposta de Bronckart( 1999), a coesão nominal não é um mecanismo linguístico pontual ou que fica ao nível da frase, mas que perpassa todo texto. A visão de coesão nominal surge, primeiramente, com a acepção de conexão intrafrase ou interfrases. Essa visão das teorias
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