Congresos y Jornadas Didáctica de las Lenguas y las Literaturas - 2 | Page 711

conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão indissoluvelmente ligados (BAKHTIN, 2003, p. 262). Entendemos, então, como gênero discursivo, a partir das ideias de Bakhtin (2003), toda produção de linguagem (enunciado) oral ou escrita, organizada em diferentes situações de interação, de modo que “cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais denominamos de gêneros do discurso” (BAKHTIN, 2003, p. 262). Nesse sentido, cada gênero discursivo é identificado e nomeado pelos participantes da situação de interação, por seu propósito comunicativo e suas características linguístico-discursivas relativamente estáveis, reveladas, segundo o autor, por meio de sua temática, seu estilo e sua construção composicional. Diante do exposto, verificamos que toda vez que desejamos produzir alguma ação linguística recorremos a algum gênero discursivo, pois são seus propósitos e sua recorrência de uso que os identificam. Logo, em cada situação temos variedades de gêneros, que são pertinentes ou não. Em termos gerais, “visto que as esferas de utilização da língua são extremamente heterogêneas, também os gêneros apresentam grande heterogeneidade” (KOCH, 2012, p. 55). Deve-se considerar que o ensino é uma prática social, em todas as suas possiblidades, e os gêneros discursivos são essas manifestações linguísticas com as quais nos comunicamos. Quando tomase a educação profissional e tecnológica sob essa ótica, pode-se apresentar um olhar diferenciado na construção de uma proposta metodológica. Investigación y Práctica en Didáctica de las Lenguas 697