Como e por que a "solução" de hoje se tornará o problema de amanhã 1 | Page 8

A educação é um dos pilares mais fortes para a construção de um estado forte e independente. Ela que traz mão de obra qualificada, entendimento sobre a história, política e os acontecimentos nacionais e internacionais. É ela que consegue transformar a vida das pessoas, possibilitando qualquer indivíduo a realizar seus sonhos, tanto profissionalmente quanto culturalmente. Fora que a educação é o ponto de partida para a construção de um estado democrático concreto, porém tudo isso está em risco.

Com o golpe de estado recém-ocorrido, uma das metas de nosso novo governo é sucatear ainda mais nossa educação, e retirar os direitos conquistados durante a história de nosso país e a partir do governo petista. Esses direitos, vão desde o ensino da cultura afro-brasileira na escola pública até a expansão de universidades públicas. É claro que a educação no governo petista não pode ser considerada perfeita, mas a passos lentos, a educação vinha sendo evoluída, classes mais pobres começaram a ter acesso, o filho de uma faxineira poderia sonhar em ser médico, a filha de um lixeiro poderia sonhar em ser advogada. Porém esse sonho será roubado de todos, e as conquistas serão destruídas.

Com o recém-entrado presidente, as políticas educacionais mudarão, porém para pior. Projetos como “Escola Sem Partido" agora ganham muito mais força para entrar em vigor, em que matérias como Sociologia e Filosofia tornam-se desprezíveis, criando uma população estudantil cada vez mais alienada. Os investimentos já têm diminuído, tornam-se precários, como a aprovação da PEC 241 e a venda do Pré-Sal, este que seria um marco para a Educação no nosso país, pois 75% dos seus royalties seriam destinados à educação, como cita Tamires Gomes de Sampaio em reportagem para o livro “Por que Gritamos Golpe? ”, porém com a privatização do Pré-Sal, este sonho torna-se apenas pó. Sobre a PEC 241 o congelamento de investimento na educação (bem como na saúde), será outro grande projeto de nosso governo, fora o incentivo do ensinamento de políticas neoliberais e conservadoras, transformando os alunos em pequenos "temers".

Ministérios como da cultura desapareceram ou melhor retornaram com o mesmo, porém com certeza serão sucateados. Como exemplo podemos usar o argumento de Juca Ferreira que cita o (Iphan) Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que é administrado pelo ministério perdera poder ou melhor quase morrera. Assim patrimônios históricos, cidades históricas, museus, estátuas serão sucateadas e sobre as casas e cidades destruídas pois vale mais a pena um prédio. Ora para quer ter um povo e jovens com conhecimento cultural? Ou melhor um ministério que desde Lula ia ganhando força?

Porém há ainda uma esperança, para Tamires Gomes Sampaio, a ocupação de escolas, feita por alguns alunos e difamada pela mídia, tenta fazer um resquício de política e lutar pelos seus direitos, fora o grande número de manifestações estudantis que tentam fazer a educação respirar. O destaque desses movimentos é importante pois mostra que a juventude brasileira ainda comprometida com luta pelos seus direitos, e tenta combater esse governo que vai contra as minorias menos favorecidas.

Educação brasileira sempre foi algo frágil, porém estava caminhando em passos vagarosos rumo à uma considerável melhoria, porém com a entrada desse governo, veremos a educação regredir anos, passando a ter baixos investimentos, e a exclusão de ensinamentos importantes da nossa cultura, bem como aqueles essenciais na formação um indivíduo político. Este é nosso futuro, este é nosso governo.

Menos educação para um país melhor

Charge retirada do texto de Pedro Benedito Maciel Neto “o direito, o avesso e alguma poesia”