Chicane Motores Maio 2020 | Page 5
E S E V E T T E L T I R A R U M A N O
S A B Á T I C O ? O U T R O S J Á O
F I Z E R A M
P E D R O M E N D E S
© Scuderia Ferrari Press Office
Sebastian Vettel e a Ferrari anunciaram que o alemão deixará
de fazer parte da Scuderia após o término do seu contrato, no
final deste ano. Já muita coisa se escreveu sobre o tema, sendo
que a notícia alimentou a fogueira que é a silly season, época
que normalmente não gostamos. São sempre muitas as
especulações e muitos são os artigos feitos de medida ao clique
pela internet fora. Neste caso em particular, alimenta ainda
mais as especulações, visto que para além de se tratar de um
tetracampeão do Mundo de F1, trata-se da Scuderia Ferrari,
porventura a organização mais cobiçada deste meio. E, como se
ainda não fosse pouco,
Vettel foi para a Ferrari para cumprir um sonho pessoal, o de
ser campeão na estrutura como o foi Michael Schumacher, e
não o conseguiu (ou a Ferrari não conseguiu?). Enquanto se
escrevem muitas coisas acerca dos candidatos ao lugar vago,
pouco se tem escrito acerca do piloto alemão. No comunicado
dado a conhecer, Vettel afirma que “o que tem vindo a
acontecer nos últimos meses levou muitos de nós a reflectir
sobre quais são nossas verdadeiras prioridades na vida. É
preciso usar a imaginação e adoptar uma nova abordagem para
uma situação que mudou.
Eu próprio reservarei o tempo necessário para reflectir sobre o
que realmente importa quando se trata do meu futuro.” Estas
palavras deixam algo no ar e nós pensamos “e se Vettel tirar
um ano sabático?” Não é nada novo no Grande Circo.
Alguns fizeram-no e regressaram fortes com hipóteses de
serem campeões, outros até o foram mesmo no seu regresso.
Quem foram eles?
ALAIN PROST
Curiosamente o francês também entrou numa pausa de um
ano depois de ter sido piloto da Ferrari, mas saiu da Scuderia
por motivos diferentes do que parecem ser os de Vettel. Alain
Prost foi despedido da Ferrari no final do ano de 1991 por ter,
várias vezes criticado tanto o monolugar daquele ano como a
estrutura. Era tricampeão quando entrou para um dos lugares
mais desejados da grelha, no entanto saiu pela porta pequena,
não tendo lugar em nenhuma equipa de topo, decidiu parar.
Em 1993 regressou para ser coroado tetracampeão com a
Williams, que já no ano anterior tinha limpado tudo o que havia
para limpar com o britânico Nigel Mansell. Foi campeão, mas
não mostrou a garra de outras épocas, talvez por causa do
carro, que se adequava mais ao estilo de Mansell e pelos seus