d. pedro iv
Benjamin Constant, escritor francês, deixou
escrito antes de falecer que a chegada de D. Pe-
dro IV daria à Europa um novo rosto, que seria o
homem da liberdade constitucional europeia e
estava a ser chamado para desempenhar um pa-
pel imenso, “o mais belo que o tenha sido ofere-
cido a um príncipe em memória de homem.”.
E assim este homem, D. Pedro IV de Portugal e
D. Pedro I do Brasil, entrou para a História como
“O Libertador” e, antes de partir, ofereceu o seu
coração ao Porto, cidade que o acolheu, respei-
tou e aprendeu a amar, deixando ainda uma carta
aberta aos brasileiros em que implorava a adoção
da gradual abolição da escravidão. O seu coração
foi colocado na Igreja da Lapa no Porto e este
monumento tem o símbolo da bandeira real por-
tuguesa e da bandeira brasileira. Segundo as pa-
lavras de José Bonifácio, grande amigo e mentor
do seu filho, no Brasil: “Dom Pedro não morreu.
Apenas homens ordinários morrem, heróis não”.