d. pedro iv
D. Pedro IV foi o rei de Portugal que libertou
o Porto e o país de um absolutismo retrógrado
imposto por D. Miguel, seu irmão, através da sua
grande vitória nas guerras liberais no Porto, o
Cerco do Porto, e também no restante território.
Transformou-se num herói para o povo, pois
apesar da fama de aventureiro e mulheren-
go, provou o seu grande valor e contribu-
to para a nação nestes momentos difíceis e
bastante dramáticos junto ao povo portuense.
A sua biografia mostra que foi sempre um bom
filho, leal ao seu pai, o rei D. João VI, e também
bom pai, zeloso com os seus muitos filhos. Era
amigo e generoso, e no período do Cerco do Porto,
colocou-se em risco várias vezes para defender os
seus ideais de liberdade, junto ao povo do Porto.
No dia de São Miguel, a 29 de setembro de 1832,
num ataque das tropas miguelistas, D. Pedro e os
seus homens resistiram heroicamente. Em honra
desse feito, escreveu-se: “D. Pedro comportou-se
admiravelmente, expondo-se à morte por mais
de uma vez”. D. Pedro percebeu que o rumo da
História tinha mudado com a Revolução Francesa,
da qual ele era um grande admirador das suas id-
eias românticas de liberdade, que culminaram por
derrubar as monarquias absolutistas na Europa.
D. Pedro não era perfeito; perdeu a cabeça
por algumas mulheres, era impulsivo, teve
muitos problemas e deceções com sua mãe, a
rainha D. Carlota Joaquina. Baniu amigos im-
portantes da sua vida, como José Bonifácio, e
magoou profundamente a sua esposa, D. Leo-
poldina. Mas também era capaz de arrepend-
er-se e voltar atrás, como o fez várias vezes.
Quando declarou a Independência do Bras-
il, fê-lo com base em ideais liberais, mostrando
a paixão que D. Pedro tinha por aquela terra,
embora nunca tenha deixado de ser português,
motivo pelo qual os nacionalistas brasileiros o
olhavam com desconfiança e desagrado. Já em
Portugal, consideravam-no brasileiro. Ou seja, D.
Pedro pertenceu aos dois mundos e a prova disso
Quando declarou a Independência do Bras-
il, fê-lo com base em ideais liberais, mostrando
a paixão que D. Pedro tinha por aquela terra,
embora nunca tenha deixado de ser português,
motivo pelo qual os nacionalistas brasileiros o
olhavam com desconfiança e desagrado. Já em
Portugal, consideravam-no brasileiro. Ou seja, D.
Pedro pertenceu aos dois mundos e a prova dis-
so é que seu coração está, a seu pedido, no Por-
to, na Igreja da Lapa, enquanto que o seu corpo
está no Brasil, na Basílica de Ipiranga, São Paulo.
D. Pedro escreveu muitas cartas ao seu filho
Pedro no Brasil, este ainda um menino: “Estou
muito cansado moral e fisicamente… Mas da
batalha que estou lutando depende o triunfo da
liberdade; se ganharmos, a Europa será livre. Caso
contrário, o despotismo irá esmagar os povos”.
ulação, porém, subestimou o povo portuense.