Catálogo Cine FAP Segundo Semestre de 2016 | Page 9

Sessão Especial Homenagem à Gene Wilder 05/09/2016 O Jovem Frankenstein, de Mel Brooks (Young Frankenstein: EUA, 1974 - 105 min.) Chamado ao castelo de seu finado avô na Transilvânia, o jovem Dr. Frankenstein logo descobre um manual descrevendo passo a passo como trazer um cadáver de volta à vida. Auxiliado pelo corcunda Igor e pela curvilínea Inga, ele cria um monstro que só deseja ser amado. Trechos de: “Os Talentos de Frankenstein”, por Pedro Favaro. O Jovem Frankenstein é a mais apaixonada paródia de todas as paródias. Paixão essa ao cinema e a tudo aquilo que se alcança sentimentalmente por/com ele. Não existe um único momento de ódio ou desrespeito pelo Frankenstein (1931) e A Noiva do Frankenstein (1935) de James Whale ou à Mary Shelley. Aliás, de todas as adaptações e referências à história original, O Jovem Frankenstein é uma das que mais mantiveram e compreenderam o centro poético do Monstro, um ser que sofre por não ser amado, taxado de monstro, odiado e temido, enquanto o único que o via como algo belo era seu criador. O discurso final do Monstro - no filme - é uma síntese perfeita da complexidade sentimental da história. Jovem Frankenstein é a única e mais bela homenagem possível vinda de alguém como Mel Brooks. Toda sua obra baseia-se em um fascínio e completo interesse pela influência direta de cada um dos filmes. [...] O Jovem Frankenstein é um grande aglomerado de talentos. O casting é ridiculamente perfeito ("perfeito" é uma palavra que me veio instantaneamente quando pensando no casting, portanto vou usá-la sem muito pudor). Gene Wilder como Frederick Frankenstein ("it's 'Fronkensteen'!") é brilhante. O jeito como o personagem vai de um professor universitário cético até o despertar de um verdadeiro Frankenstein que, por fim, abraça o sobrenome da família em um momento de explosão maníaca e carregada que só Gene Wilder se especializou, só é possível vinda de um grande ator.