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10 Carta do povo São Paulo, quinta-feira, 22 de novembro de 2018 Manipulação ou honestidade? Durante as campanhas políticas, analistas questionam a credibilidade das pesquisas eleitorais .Intenções Em meio ao cenário político, pesquisas são encomendadas por organizações em prol da informação. Há muito tempo o país conta com um arsenal de institutos de pesquisas voltadas para pesquisas governamentais, e também de interesses públicos. Em uma pesquisa rápida podemos encontrar empresas renomadas como a Vox Populi, Datafolha e Ibope. Para o especialista em mídias sociais e sociedade, Pietro Pavani (77), é importante valorizar os institutos de pesquisa e observar os resultados trazidos por eles. “Em uma sociedade moderna e ultra midiatizada, é preciso redobrar atenção para que a o sufrágio universal não seja substituído por certa manipulação”. Essa manipulação é vista como “recorrência da falta de crítica e interesses sobre os institutos”. O analista político Miguel do Rosário, afirma já ter participado de alguns processos de pesquisas políticas em alguns dos principais institutos do país e garante que tal problema é “reflexo das escolhas feitas pelos institutos, que sabem exatamente o momento em que se deve ir a campo, e o tipo de pessoa que deve ser abordada”. Quando questionado sobre a existência de manipulação, o analista afirma que em alguns institutos, as pesquisas apresentam determinadas tendências e isso pode refletir como manipulação. Como solução, Miguel acredita que as pesquisas deveriam ser feitas por órgãos independentes e imparciais, sem vínculo e intenção partidária, tal como universidades. Para ele, um bom exemplo de instituto, é a organização internacional Pew Research Center, dos Estados Unidos que domina diversos polos de pesquisas. Ainda, os especialistas apontam que no país existem alguns sistemas políticos que já estão desenvolvendo trabalhos para a redução das fraudes e que possuem intenção de se desprender de poderes midiáticos. Para Pietro, “os dados das apurações oscilam nos primeiros meses das campanhas e vão sendo ajustados conforme o cenário”, parte desse processo de exatidão, leva em conta “a influência que essas pesquisas trazem para a opinião dos eleitores e refletem nas pesquisas”. No mês de setembro/2018 as projeções apresentaram diferenças, embora tenham acertado o resultado final da eleição. Por Camilla Correa Após vitória, Bolsonaro apresenta os principais eixos de seu governo .Eleito Presidente gravou entrevistas agradecendo seus eleitores, fazendo juramentos e indicando os principais fatores a serem priorizados em seu mandato Domingo (28), após o resultado final das eleições, Jair Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil com 55,13% dos votos válidos, acabando com o plano petista de levar Fernando Haddad (PT) ao poder no segundo turno. Na internet e na televisão, o presidente pronunciou-se, acompanhado de sua mulher, Michelle Bolsonaro, e de uma interprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais). Com um breve discurso, abordou questões de seu eleitorado e reforçou seu ponto de vista sobre a oposição. Religioso, o presidente começou citando versículos da bíblia como seu slogan de campanha, agradeceu a Deus e as positivas mensagens que recebeu durante seu período hospitalar, afirmando que seu compromisso em respeitar a democracia é um “acordo feito com Deus”. Estava acompanhado também, de apoiadores – entre eles, o senador Magno Malta (PR-ES), que fez um agradecimento, seguido de uma oração. No Facebook, ele fez um vídeo dirigindo-se aos seus seguidores e aos eleitores que estavam em frente ao seu apartamento na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Em suas falas para as emissoras de TV, Jair Bolsonaro apresentou falas mais severas e Constitucionais. irá “unir a população e comandar uma só nação”, cumprindo a proposta de “varrer do mapa, os bandidos vermelhos”. O presidente abordou temas como a economia, política externa e democracia. No discurso, prometeu “um governo defensor da Constituição, da democracia e da liberdade”, apontando que pretende seguir as leis e as garantias democráticas como saída para evitar as críticas, a fim de “pacificar o país” e acabar com as disputas de “eles contra nós” e “nós contra eles”. Continuou mostrando seu desejo de ser “um presidente de todos”, que Na internet, focou em pautas como o comunismo, o populismo e o extremismo da “esquerda”, sem mencionar nomes, nem tampouco partidos políticos. Em seu diálogo, contou com a assistência do assessor Paulo Guedes, que explicou o plano de corte de gastos públicos, avisando que o “governo federal dará um passo para trás, reduzindo suas estruturas e burocracias, cortando desperdícios e privilégios”, que quebrará o “ciclo vicioso do crescimento da