A política que nasce de conflitos
A república Libanesa possui mais de 4.000 anos de história, tendo passado por inúmeros momentos de prosperidade e também, de crises políticas. A moderna constituição, elaborada em 1926, deixou claro um equilíbrio de poder político subdividido entre as matrizes religiosas centrais no país. Mulçumana e católica.
O Líbano conquistou sua independência da colônia francesa no ano de 1943, contudo, as tropas do país apenas se retiraram completamente do território árabe em 1946. Desde este momento, a história política do Líbano vem sendo moldada por períodos de turbulência intercalados aos de prosperidade nativa. Este último fator se deve ao caráter da capital, Beirute, como um atrativo e refinado destino turístico, chamando a atenção de visitantes por ser um grande centro cultural e comercial onde é notável a presença dos costumes, tradições, culinária, tecidos, roupas e tapeçarias típicas da região e também, as especiarias tais como as que D. Pedro I partira em busca, na expedição a qual iria vir a descobrir o Brasil. Contudo, tal como uma balança desigual, enquanto Beirute é bem desenvolvida e, investida, outras áreas do país, porém, principalmente as ao Sul, Norte e a do Vale do Bekaa, permaneceram pobres em comparação.
Durante a década de 70 reiniciaram-se conflitos que ainda ressoam na política e na sociedade libanesa. E foi esse momento, no ápice da explosão de uma possível guerra que a OLP, Organização para a Libertação da Palestina se estabeleceu dentro dos limites do território republicano libanês.
A guerra civil explode em 1975, sendo movida pela divisão política e, religiosa do país e englobando ambas as matrizes políticas com a maior porcentagem de seguidores e que juntas, formam a população libanesa: Mulçumanos (xiitas sunitas e búzios) em 60% e católicos em 40%.
Ao mesmo tempo em que a guerra atingia o seu auge, questões como a da situação dos refugiados palestinos, o crescimento do fundamentalismo
Danielle Vieira
islâmico, intervenções dos EUA, Síria, além da ocupação por parte de Israel de uma faixa de terra ao sul do país, são outros problemas que deixavam a estabilidade do estado em xeque. A política precisava ser estabilizada, mas, o parlamento não entrava em acordo.
O período de 1995 a 2002 é o período de recomeço, marcado pela reconstrução do país, no qual os EUA e Israel se retiram do território libanês e a OLP é transferida para sua sede no norte da África. Contudo, as demais questões como as dos refugiados palestinos, a intromissão síria nos assuntos internos libaneses, e o fundamentalismo islâmico, cujo representante maior e mais conhecido é a organização Hezbollah, acusada de assassinar o primeiro-ministro Rafic Hariri, em 2005.
Em 2006, as forças Israelenses começaram a invadir e desrespeitar o espaço aéreo libanês, na zona leste, no vale do Beeka, causando invasões de aviões nestas regiões e, causando ataques nucleares nas proximidades. O Hezbollah libanês e Israel se enfrentaram um devastador durante este ano e atualmente, o movimento xiita libanês apoia militarmente o regime sírio imposto por Bashar al-Assad durante a guerra civil na Síria. Síria e Líbano são países que fazem divisas com fronteiras de Israel
Lieberman afirmou em uma discussão entre soldados de que na próxima guerra o Líbano não será a única frente contra seu país vizinho, Israel.
"Agora há uma frente no norte integrado por Líbano, Síria, Hezbollah, o regime de Assad e todos os que apoiam este regime", completou.
Lieberman, por sua vez, afirma que o exercito libanês perdeu suas características e sua independência, tornando-se apenas a entidade que cumpre as ordens que o Hezbollah, entidade que as dá, fornece.
O Hezbollah é uma força islâmica xiita, partidária, que possui o estruturalismo de um exercito e sede no Líbano. Trata-se de um grupo militar e político libanes criado em 1982, durante a Guerra Civil