Libanesa, a princípio com o intuito de ser uma milícia, ou seja, um grupo constítuido por cidadãos libaneses portadores de armas e com um suposto poder policial.
Hezbollah em aráber significa “Partido de Deus” e, é quase inteiramente constituido por religiosos de matriz mulçumana.
A organização se destacava ativamente na área politica do Líbano, o que ocorre até os períodos atuais. O Hezbollah permanecia no encargo de administrar os trabalhos sociais e as instituições escolares e hospitalares mulçumanas (xiitas) além de se responsabilizar também pelas atividades agrárias do país, além da conservação, circulação e difusão dos produtos obtidos por meio desta atividade.
Sua visão entre os libaneses e países da região é bastante positiva, contudo, externamente foi colocado como grupo terrorista, principalmente nos EUA, em Israel, no Canadá, nos Países Baixos e no Reino Unido. Enquanto isso, no mundo árabe e muçulmano, é respeitado como uma força de defesa contra a inferência exterior. Pode-se afirmar que sua meta principal é construir um Estado Islâmico Libanês, além de erradicar por completo a presença israelence.
O Hezbollah sobreviveu ao fim da guerra de Israel contra o Líbano e continuou a atuar no Oriente Médio, principalmente na região do Vale do Bekaa, a sul do país. Sua faceta armamentada é conhecida como Jihad Islâmica, acusada de cometer inumeráveis atentados e assassinatos em Israel e regiões próximas.
Seus criadores, em grande parte eclesiásticos xiitas, foram profundamente influenciados pelos ideais do aiatolá Khomeini, e seus membros foram formados e disciplinados por um grupo da Guarda Revolucionária Iraniana.
O ódio principal sancionado pelo Hezbollah tem seu foco cada vez mais voltado para Israel, país considerado ‘sionista’ e estruturado a partir do arrebatamento violento das terras dos muçulmanos. Este sentimento cresceu desde Julho de 1993, quando os israelitas desencadearam contra esta
esta organização a ‘Operação Ajuste de Contas’, que resultou em 86 mortos, 480 feridos, 360 mil libaneses transferidos do Sul do Líbano para Beirute e na condenação externa de Israel.
Atualmente o ‘’Partido de Deus’’, de organização paramilitar, converteu-se em um grupo político, com cargos conquistados no parlamento do Líbano, uma rádio e um canal de TV via satélite. E, deste modo o Hezbollah goza de um grande prestígio entre os populares xiitas libaneses com algumas manifestações de simpatia por parte da outra metade da população formada por sunitas, drusos e cristãos.
Esta força xiita desenvolveu, junto a outras organizações políticas do Líbano, os chamados protestos políticos do Líbano de 2006-2008, contra o primeiro-ministro Fuad Siniora. Mais tarde, graças ao Acordo de Doha, o Hezbollah conquistou o direito ao veto no Parlamento, ao mesmo tempo em que se estruturou um governo de unidade nacional, dentro do qual ele detém um ministro e onze das trinta cadeiras disponíveis. Apesar da retirada oficial dos israelenses do território libanês, este Partido é preservado como força armada com o poder de resgatar qualquer território invadido.
O Hezbollah não está livre das fissuras internas, que ganharam vigor de 1989 em diante. Em 1991 Abbas Musawi foi escolhido para liderar o grupo, mas foi morto logo em seguida, em fevereiro de 1992, por um grupo de Israel. Este assassinato teria possivelmente deflagrado o atentado à embaixada de Israel em Buenos Aires, pouco tempo depois.
No ano de 2007, o Líbano encontrou-se novamente com um conflito interno, onde o parlamento não conseguiu eleger um novo presidente, ficando com a ausência durante os anos que se sucederam. Os parlamentares comandaram o país, sem a presença de um presidente, o que não adiantou para diminuir nem um pouco a tensão religiosa que ainda afetava o país.
As divisões políticas, a pobreza extrema nas cidades dos arredores, a intromissão estadunidense, israelita e síria cooperaram para que imigrações
ocorressem levando nativos libaneses a abandonarem sua terra natal e partirem com mãe, pais, esposas, maridos, mulheres, filhos e filhas, netos e etc. para outros países pelo medo crescente de novos embates e conflitos que sempre pareciam pesar de maneira iminente.