Desta forma, é muito importante falar de amor, afetividade, apego, que nos instigam a aprofundarmos e a desenvolvermos interligações que proporcionem esses termos a migrarem para novos horizontes, como forma de “pulverizar” a sociedade com elementos que “purificam” e “iluminam” o ambiente. Essa concepção de afetividade são elementos que instigam os indivíduos ao prazer, à alegria, ao aconchego (MENESES; DOS SANTOS, 2016).
No dicionário de Houaiss (2010) o termo “apego” significa ligação afetuosa, estima, complementado por Nabuco (2014) que interliga o apego à qualidade dos padrões de vínculo afetivo do indivíduo: se seguro ou inseguro. Portanto, apego diz respeito ao comportamento de proteção ou de dar atenção às necessidades emocionais do outro – aquilo que se chama popularmente de cumplicidade, esclarece Nabuco (2014).
Os processos afetivos e cognitivos humanos envolvem-se no ambiente social, histórico, cultural e físico, representando a forma que as pessoas sentem, pensam e vivenciam o espaço em que estão implicadas (Lima e Bomfim, 2009).
Com isso, Giuliani (2003) chama atenção para o fato de que sentimentos de afinidade mútua, de comunidade, de fraternidade, bem como de aversão e de hostilidade estão frequentemente relacionados às questões sobre vínculos a locais ou territórios. Para essa autora, a existência de um vínculo afetivo com os lugares é de extrema importância na qualificação positiva ou negativa de nossa existência. No centro desse processo dinâmico encontra-se o passado ambiental do indivíduo formado pelos lugares, pelos espaços e pelas propriedades que “serviram instrumentalmente para a satisfação das necessidades biológicas, psicológicas, sociais e culturais”.
Reescrevemos momentos e pensamos na criação de um momento que integrasse território, música, afeto, comida, toque, sorrisos, gestos, carinho, compartilhamentos de amor, de cuidado, de atenção. A música teria um papel de proximidade com as lembranças e anseios de uma vida.
Baseado nisso, Lawton (1989), postulou que o ambiente sócio-físico tem três funções básicas: manutenção, estimulação e apoio. A função de manutenção diz respeito à constância e à previsibilidade do ambiente em termos de satisfação e ao apego aos lugares. A segunda função se refere à existência da estimulação e de seus efeitos nas atividades diárias, nas atividades sociais, no lazer. A função de apoio pode ser vista no potencial do ambiente para compensar competências reduzidas ou perdidas.
Diante disso, Carneiro e Falcone (2004) diz que as possibilidades de uma boa qualidade de vida na terceira idade são maiores quando há o estabelecimento e a manutenção de relações sociais funcionais, importantes para o bem-estar físico e mental e para a maior satisfação pessoal.
Considerando assim, que a demonstração comportamental e emocional da pessoa idosa é passível de alterações dentro das relações interfamiliares e interpessoais a que o idoso institucionalizado é submetido, despontando-se a importância da contribuição dos cuidadores quer seja em domicílio quer em Instituições de Longa Permanência, para o estímulo da autonomia, da independência possível e da valorização da pessoa idosa com respeito às emoções e comportamentos vividos (LIMA, et al, 2016).