Caderno de resumos do VII Seminário Temático Filosofia Ética e Políti Jun. 2016 | Page 21

Ócio forçado e a “vida nua”: nas veredas de Giorgio Agamben José André da Costa* Esta comunicação tem como objetivo fazer uma análise da atual economia e mostrar a lógica perversa do “Estado de Exceção” apresentado pelo pensador G. Agamben como o agente que em nome da “soberania” suspende o direito para estabelecer a ordem. Pretendemos colocar o dedo na ferida do atual sistema de produção/exceção. As perguntas de fundo são: Por que, depois que inventaram as máquinas, as pessoas têm que trabalhar mais do que trabalhavam antes e ficam cada vez mais ameaçados seus direitos humanos? E por que muitas pessoas são “dispensadas da cidadania” e ficam desprotegidas pelo Estado de direto? Com estas perguntas queremos trazer à tona questões latentes no ser humano, às quais nem o socialismo real nem o capitalismo conseguiram responder. Isso para mostrar que a concorrência frenética gera uma grave deterioração do ser humano e que a revolução da microeletrônica representa um perigo para a sociedade por estar aliada a um sistema de produção/exclusão que tende a criar cada vez mais “vidas desperdiçadas”. Palavras-chave: Ócio. Estado. Trabalho. Capitalismo. Vida nua. Direito. Ética. * Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil(2011). Diretor Geral do Instituto Superior de Filosofia Berthier. 21