Caderno de Resumo do III SIICS Caderno de Resumos do III SIICS | Page 87

Página | 87 CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE A CONSTRUÇÃO DO BRINQUEDO NA EXPERIÊNCIA LÚDICA Widlaine Melo de Sousa [email protected] Orientadora: Profa. Mestra Flaviana Oliveira de Carvalho Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL Graduanda em Pedagogia UEMASUL/ Bolsista PIBEXT/UMASUL [email protected] RESUMO: A infância vem sendo alvo de inúmeras pesquisas não só das áreas da Pedagogia e da Psicologia, mas também a Sociologia, a Filosofia, a Antropologia, a História e mesmo a Economia têm se dedicado ao que vem sendo chamado de Novos Estudos da Infância e da Criança (BARBOSA, 2014). O presente trabalho é resultado de um estudo bibliográfico e parte de discussões que vêm sendo realizadas no âmbito do projeto de extensão “Territórios de Experiências: brincadeiras, conhecimento, expressão e apreciação estética na primeira infância” (PIBEX/UEMASUL). O objetivo deste resumo é refletir sobre a agência da criança na construção do brinquedo durante a experiência lúdica. Partimos de estudos de Cohn (2005) e Corsaro (2011) que veem a criança como um ser ativo e que não se limita, somente, ao que lhe é dado como pronto. Corsaro (2011) reconhece a criança como um ser que fala, atua, constrói sentidos sobre o mundo e cria sua própria cultura na interação com seus pares. Cohn (2005) destaca vários conceitos do que é ser criança e de como ela se apropria da cultura de seu povo a partir de perspectivas qualitativamente distintas das percepções dos adultos. Para a autora a criança sabe e é capaz de falar sobre as questões que lhe afetam. Sua busca por conhecimento e novas experiências é constante, lhe oportunizando desafios e consequentemente novas aprendizagens. É possível perceber a agência da criança quando ela se aventura na construção do seu próprio brinquedo, produzindo recursos e reinterpretando sua realidade. Uma das propostas de trabalho em desenvolvimento visa compreender o processo de construção do brinquedo em si como parte da fruição da experiência lúdica e do processo de construção cultural. Ratifica-se que, o saber infantil existe e que deve ser levado em consideração, por mais que os adultos o banalizem. Esta é, portanto, uma questão significativa para que se possa trabalhar diversas possibilidades com as crianças, permitindo-lhes liberdade de criação e reinterpretação da realidade. Palavras-chave: Infância; Brinquedo; Cultura de pares; Experiência Lúdica.