Caderno de Resumo do III SIICS Caderno de Resumos do III SIICS | Page 401

Página | 401 AMOR-PRÓPRIO, REPRESENTAÇÃO E NARCISISMO: UMA LEITURA ROUSSEAUÍSTA Ariane Santos Ribeiro Melonio Luciano da Silva Façanha (orientador) Universidade Federal do Maranhão – UFMA [email protected] RESUMO: Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) em suas obras denuncia o vício, o embrutecimento do ser corrompido, reclama a perda da inocência dos primeiros tempos e lamenta os efeitos nocivos da exposição e do luxo na sociedade. O genebrino afirma que aparência e hipocrisia fazem parte do jogo entre ser e parecer. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar a relação dos conceitos amor-próprio, representação e narcisismo por meio da filosofia rousseauniana. Este trabalho fundamenta-se nas leituras extraídas das obras Discurso sobre as ciências e as artes (1750), Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (1754), Carta a D’ Alembert (1758) e da peça teatral Narciso, ou o amante de si mesmo (1752) do filósofo Jean-Jacques Rousseau. Para realizar o objetivo proposto por esta produção acadêmica, interpreta-se as categorias do genebrino tais como: amor de si, amor-próprio e representação. Para tanto, será utilizado o Segundo Discurso para introduzir o conceito de amor de si como instinto de preservação da vida, pré- racional e o conceito de amor-próprio como fonte de origem da vaidade e egoísmo , a Carta a D’ Alembert servirá para fundamentar a categoria representação e por fim a peça teatral para ilustrar esteticamente o termo narcisismo. Esses termos confluem para elaborar um conceito de “narcisismo” em Rousseau, pois o mesmo não se utilizou explicitamente dessa categoria em suas obras filosóficas. Entretanto, o filósofo denunciou em seus textos a vaidade, o luxo, o orgulho, a representação, o interesse, e as máscaras que os homens se utilizam na sociedade no desejo de destaque e estima. Palavras-chave: Amor-próprio; Representação; Narcisismo; Rousseau.