Caderno de Resumo do III SIICS Caderno de Resumos do III SIICS | Page 326
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EQUÍVOCOS SOBRE OS INDÍGENAS NO BRASIL: OLHARES SUPERFICIAIS
Júlio Cezar da Conceição Nascimento
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Orientadora: Profa. Ms. Maria do Perpétuo Socorro Almeida Marinho
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Universidade Estadual do Maranhão do Sul - UEMASUL
RESUMO: Ao longo do tempo, os povos indígenas foram e ainda hoje continuam sendo
tratados de forma genérica e preconceituosa por uma grande maioria da população brasileira,
existem diversos equívocos que muitos ainda cometem em relação aos indígenas e que ainda
hoje podemos ver nitidamente, na fala e nas visões de boa parte da sociedade. Mesmo com os
avanços e transformações que a sociedade enfrentou e por todas as alterações que ocorreram no
meio urbano e rural, ainda resistem uma visão desencontrada e superficial sobre o indígena
brasileiro, e a importância da contribuição que estes povos trazem à nação brasileira, desde a
nossa formação social. Diante de tantos equívocos e desinformação, em um país onde a
informação é rápida e está nas mãos de muitos, criou-se uma lei federal para amenizar as visões
e equívocos na qual ocorreram por diversos anos e ainda persistem em nosso país. Lei que
passaria a obrigar o ensino de História e Cultura Indígena em todas as instituições de ensino
seja pública ou privada de todo o território brasileiro. A partir desta legislação, as abordagens
sobre a temática história e cultura indígena passariam ser mais estruturadas e contextualizadas
com os fatos verídicos e atuais. A lei seria uma forma de ampliar as visões desde cedo da
população, visto que desde a Educação Infantil ao Ensino Médio os ensinamentos sobre os
indígenas, trazem informações desatualizadas, desencontradas, sem fontes e com muitas
contradições, sobre a verdadeira face e história dos povos indígenas na atualidade, percebe - se
uma imagem estática dos indígenas em grande parte dos indivíduos que continuam tendo a
concepção rasa e pobre do indígena brasileiro, sempre havendo a inferiorização dos indígenas,
quanto aqueles que se dizem não indígenas, havendo sempre aquele discurso de integrar os
indígenas à sociedade, mal sabem eles que os povos sempre estiveram participação e em
conexão das grandes modificações sociais. Muitos estudantes, adentram as universidades ou
especificamente em cursos de graduações como Pedagogia, Geografia, História, Letras ou em
outra área de Ciências Humanas, com estereótipos, desinformações ou desconhecimentos dos
fatos verídicos, sem querer se aprofundar de fato aos estudos sobre os grupos sociais brasileiros,
“historicamente os índios tem sido objeto de múltiplas imagens e conceitos por parte dos não-
índios e, em consequência, dos próprios índios, marcadas profundamente por preconceitos e
ignorância” (BANIWA, 2006, p.34). Sancionada em 2008, a Lei de n° 11.645/08 surgia como
uma ferramenta para combater a desalienação da sociedade desinformada sobre sua própria
história, de acordo com a lei as escolas e os profissionais de educação, haveriam de esclarecer
e mostrar quem são estes indígenas que habitam entre nós no meio social, nos livros didáticos,
na mídia de formas variadas, pois cada um traz informações diferente uma das outra, aí vem a
seguinte indagação. Por que ouvimos tanto falar sobre os povos indígenas e sabemos tão poucos
sobre eles? O Maranhão tem várias comunidades indígenas e Quilombolas, estamos muitas
vezes tão próximos e desconhecemos muito sobre eles. Por isso, a necessidade em ter um ensino
histórico e cultural bem mais contextualizado. O respeito ao povo indígena só será de fato
concretizado, quando os indivíduos do Brasil de fato conhecer sobre a nossa história e cultura,
conhecer toda a trajetória que estes povos enfrentaram desde o período de colonização até os
dias de hoje, é muito importante reconhecer a diversidade e seus modos de vida diante de tantas
modificações sofrida ao longo de anos. Os grupos indígenas, sempre estiveram acompanhando