Caderno de Resumo do III SIICS Caderno de Resumos do III SIICS | Page 30

Página | 30 A ARTE QUE VEM DO BARRO: INVENTÁRIO SOBRE AS CERAMISTAS ARTESANAIS DA BAIXADA MARANHENSE Arkley Marques Bandeira – Orientador [email protected] Sheila Adrielle Martins Moraes – orientanda Aline Soares Pavão – orientanda Universidade Federal do Maranhão – PGCult e Licenciatura em Ciências Humanas – Campus Pinheiro RESUMO: Esta comunicação apresenta um pequeno recorte das pesquisas que venho realizando nas regiões da Baixada Maranhense e Reentrâncias Maranhenses. Tratam-se de etnografias arqueológicas sobre as práticas ceramistas persistentes e resilientes, com o foco nos modos de fazer e as ressonâncias no cotidiano das louceiras de três quilombos: Itamatatiua, em Alcântara; Porto do Nascimento; em Mirinzal e Cururupu, região ocidental do Maranhão. Estes estudos vêm criando redes colaborativas com as ceramistas e estão lançando pontes para compreender os processos envolvidos na produção, consumo e descarte dos objetos cerâmicos e como isto pode ajudar a compreender o registro arqueológico. Logo, para além de uma técnica ou tecnologia, percebemos o fazer cerâmico como um dos principais elementos identitários destas comunidades, atuando como um importante suporte de memórias, histórias e sociabilidades. Nos três exemplos, a manufatura cerâmica é perpetuada por mulheres e se configura como um saber herdado de suas ancestrais que passaram seus conhecimentos para as novas gerações. Dentre os temas aqui abordados, destacaremos suscintamente, em função do tempo de fala, a diversidade nos modos de fazer cerâmica e a liberdade criativa da cerâmica das práticas ceramistas na Amazônia Maranhense. Palavras-chave: Itamatatiua; Quilombo; Modo de fazer; Ceramistas; Ancestralidade.