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TECNOLOGIAS MÓVEIS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA COMO LÍNGUA
ADICIONAL: A PERSPECTIVA DE PROFESSORES EM UM PROJETO DE
EXTENSÃO DA UFMA
Mizraim Nunes Mesquita
[email protected]
João Batista Bottentuit Junior (orientador)
Universidade Federal do Maranhão/ CAPES
[email protected]
RESUMO: Considerando a crescente presença das tecnologias móveis nos diversos âmbitos
da vida dos indivíduos, surgiu um conceito no campo educacional denominado aprendizagem
móvel. Trata-se de uma ideia que busca enxergar a mobilidade e ubiquidade dessas tecnologias
como características que podem auxiliar na criação de experiências de aprendizagem situadas,
individualizadas, contextualizadas e fluidas. No campo do ensino de línguas adicionais, esse
conceito tem recebido atenção, devido à possibilidade de ampliar as oportunidades para que o
aprendiz de língua entre em contato com manifestações autênticas na língua-alvo, entre outras
razões. Com isso em mente, este trabalho busca conhecer a visão de professores de um projeto
de extensão na Universidade Federal do Maranhão voltado para o ensino de línguas quanto à
aplicação de estratégias de aprendizagem móvel em sua prática profissional. Trata-se de um
estudo exploratório, com dados quantitativos e qualitativos coletados por meio de questionários
virtuais disponibilizados com o Google Forms. A amostra foi composta por 90% (18) dos
professores de língua inglesa do projeto. Os resultados encontrados demonstram que mais de
90% dos professores nunca participaram de uma formação para utilização de tecnologias
digitais no ensino de línguas, contudo, mais de 80% afirmaram que utilizam ou já utilizaram
tecnologias móveis para ensinar. A tecnologia mais mencionada por uso frequente nesse
contexto foi o celular, seguido por aplicativos para o ensino de línguas e outros tipos de
aplicativos reaproveitados para o ensino de línguas. As atividades mais frequentes realizadas
com essas tecnologias mencionadas pelos professores foram: pesquisas na internet, uso de
aplicativos de dicionários, atribuição e recepção de atividades e compartilhamento de materiais.
As razões de não uso mencionadas pelos professores que afirmaram nunca ter utilizado essas
tecnologias para ensino incluem: regras proibitivas do próprio projeto, falta de estrutura (acesso
à internet nas salas de aula) e desconhecimento sobre formas adequadas para fazer essa
integração tecnológica. Quando perguntados se tinham interesse em participar de uma
capacitação sobre o uso dessas tecnologias, 100% deles afirmaram que sim. Por meio dos dados
coletados notou-se que a penetração das tecnologias móveis nas salas de aulas e nas diversas
ações dos indivíduos independe de uma formação para isso. Entretanto, também se percebeu
que elas adentram esse espaço com funções limitadas e meramente instrumentais, sem serem
integradas à dinâmica das aulas para proporcionar a experiência de aprendizagem situada,
contextualizada e contínua que é proposta nas bases conceituais sobre aprendizagem móvel. É
possível que um processo de capacitação que amplie os olhares dos profissionais sobre esse
assunto possa auxiliar na transformação dessa dinâmica.
Palavras-chave: Tecnologias Móveis; Língua Adicional; Ensino; Professores.