Caderno de Resumo do III SIICS Caderno de Resumos do III SIICS | Page 176
Página | 176
recuperação da informação. Reforça que para a estruturação de um SOC torna-se necessário o
entendimento do contexto de produção, ou seja, a demanda informacional do domínio em que
o sistema será aplicado para assim, identificar a ferramenta que irá atender precisamente às
necessidades informacionais - tendo em vista que as estruturas variam de acordo com a
complexidade. Ressalta que a partir de uma breve apresentação do panorama geral dos SOC,
percebe-se que o meio de contato mais próximo entre os usuários e a informação se dá por meio
dos produtos originados pela Organização do Conhecimento, cujas propriedades e funções
propiciam uma representação dos conceitos pertencentes a um domínio e suas hierarquizações.
Afirma que a função de mapa conceitual é perceptível na estrutura das Taxonomias, que se
estruturam em classes e subclasses de semelhanças e diferenças, assim como as classificações,
mas a principal característica deste sistema é a sua aplicação, geralmente empregada no
desenvolvimento de portais web com a finalidade de servir como aporte navegacional no
processo de mineração e busca da informação (CARLAN; BRÄSCHER, 2015). Vital e Café
(2011, p. 3) consideram que “[...] a taxonomia, em um sentido amplo, é a criação da estrutura
(ordem) e dos rótulos (nomes) que ajudam a localizar a informação relevante. Em um sentido
mais específico, é o ordenamento e rotulação de metadados, que permite organizar
sistematicamente a informação primária.”. Com base na definição pontual de Boccato (2011,
p. 187) a finalidade das taxonomias é “[...] classificar, categorizar e apresentar para recuperar a
informação” sendo que esta ferramenta é destinada para “usuários da web” e indica ainda em
termos normativos, que a construção de taxonomias é respaldada pelas normas ANSI/NISO
Z39.19; BS 8723 de 2005 e ISO 25964. Os pontos principais observados nas três normas são
as abordagens relacionadas à construção de vocabulários controlados, tesauros e outros SOC,
elucidando pontos relativos à adequação destes instrumentos para outros idiomas e questões de
interoperabilidade, que descortinam os efeitos do uso das tecnologias e as necessidades de
adequação das estruturas às práticas de busca e organização da informação no contexto web,
onde se destacam principalmente as taxonomias e ontologias como as estruturas que sofrem
inferências diretas nesses aspectos destacados pelas normas. Porém, Vital e Café (2011, p. 3)
sinalizam que, até o momento, as taxonomias “[...] não possuem um modelo ou tecnologia
única, que se aplica a todos os ambientes, a sua implementação depende das características e
objetivos específicos de cada contexto.”. No que diz respeito à caracterização, as taxonomias
podem ser compreendidas em relação às suas tipologias e funcionalidades. No primeiro aspecto,
Cavalcante (2012) apud Blackburn (2006) divide as especificações de taxonomias em três
abordagens principais: por assunto, de acordo com os termos controlados para representação
dos assuntos, organizados de forma alfabética e hierarquizando assuntos específicos; por
unidade de negócio, onde a hierarquia reflete a estrutura organizacional da empresa; e,
funcional, a partir do estabelecimento de categorias com base nas funções e atividades pelas
quais são produzidos. Em relação às funcionalidades, Cavalcante (2012) apud Conway e Sligar
(2002) basicamente consideram a ramificação das taxonomias em descritivas e taxonomias
navegacionais. Cavalcante (2012), explica que o aspecto descritivo correspondente a um
mecanismo de buscas, a partir do detalhamento de termos e seus relacionamentos; enquanto as
navegacionais relacionam-se com a recuperação e navegabilidade de descritores, com
estruturação hierárquica e intuito de indicar o percurso do usuário na busca pela recuperação
em portais web. Partindo da definição, da tipologia e da funcionalidade das taxonomias, que se
pretende desenvolver, faz-se é necessário a adoção de critérios ou etapas para sua elaboração,
pois percebe-se na literatura que esses passos variam de acordo com o objetivo final da
taxonomia, mas, em linhas gerais, percebe-se que a base do processo de taxonomias - que são
compostas por classes e subclasses a partir de suas semelhanças e diferenças - remete aos
princípios categoriais. Aliados a essas questões, Terra et al. (2005) corroboram ao apregoar os
fundamentos que devem estar incluídos na estruturação de taxonomias, a saber:
comunicabilidade dos conceitos; utilidade, em relação a pontualidade de termos utilizados,