Caderno de Resumo do III SIICS Caderno de Resumos do III SIICS | Page 177
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resumindo-os apenas aos necessários; estimulação, para instigar o usuário a percorrer o sistema;
e, compatibilidade, com a composição de estruturas do escopo que se busca decompor os
conteúdos. Assim, a partir desses pressupostos, Vital e Café (2007) entendem a estruturação de
categorias como o processo fundamental para construção de taxonomias, e sintetizam as demais
etapas, tais como: coleta de termos, análise dos termos selecionados, controle da diversidade de
significação e construção dos relacionamentos semânticos. As autoras sinalizam ainda para o
cuidado a ser dispensado para estas etapas e seus reflexos ao considerarem que “[...] o
desenvolvimento das etapas anteriores influencia diretamente e, em consequência, afeta
significativamente a recuperação da informação.” (VITAL; CAFÉ, 2007, p. 13). Nesse sentido,
urge a necessidade de sistematizar as informações visando a sua recuperação, principalmente,
em meios automatizados e devido ao avanço das tecnologias tornou-se o principal veículo de
acesso à informação. Ilustra esse fato a partir de dados que indicam a realidade de “[...] 4.84
bilhões de páginas web [...] e nem todas elas são inteiramente indexadas pelos buscadores ou
mecanismos de busca.” é possível também afirmar que a interseção entre as taxonomias
navegacionais, usadas como ferramenta de busca da informação e a avaliação da qualidade de
fontes informacionais é viável, mas no caso de uma efetiva análise é necessário que haja
apreensão, visão e experiência do usuário que utiliza o sistema. Para tanto, deve-se considerar
elementos facilitadores na busca por associação, ou seja, por assuntos relacionados, como
propõem as taxonomias navegacionais facetadas, uma vez que, dessa forma, não limita o
usuário à busca por hierarquização de conteúdos, mas possibilita que este tenha autonomia de
migrar para outros conteúdos (MEDEIROS, 2013) e, ainda contribui para a redução no tempo
de recuperação dispensados pelos usuários dos sistemas. Em suma, entende-se que a abordagem
das taxonomias em ação para avaliar fontes de informação tende a contribuir tanto para
aprimoramento dos SOC e dos princípios que os regem - levando em consideração, as
características desafiadoras que o ambiente web propõe para organizar a informação
disponibilizada -, quanto para mensurar a qualidade do que é recuperado, visando reduzir os
entraves encontrados na busca de conteúdos informacionais, ao tomar como ponto-chave nesse
processo as questões da linguagem. Conclui que a qualidade da disposição da informação no
contexto web afeta diretamente a sua recuperabilidade, a partir das considerações apresentadas,
visualiza-se que esse entrave geralmente está associado à questões como a categorização
incorreta dos conceitos que torna elementos relevantes “invisíveis” no sistema. Infere que esse
fato remete ao objetivo desta pesquisa e mostra que a estruturação de taxonomias segue
princípios fundamentados na categorização e classificação, e, desse modo, as teorias fornecem
pistas sobre “como” fazer, porém, durante o processo o profissional lança mão da sua
subjetividade e de seu conhecimento - e categorizações próprias -, do mundo para representar
o conhecimento de um domínio materializado nos documentos. Descortina, assim, a
necessidade de desenvolvimento de softwares para execução desse processo norteado pelos
princípios da Inteligência Artificial, para minimizar a inferência humana e proporcionar uma
representação pura. Infere, por fim que as taxonomias navegacionais são entendidas como
estruturação de conteúdos com a finalidade principal de reduzir o excesso de informações que
os usuários são submetidos na busca em sistemas e, que as taxonomias podem ser, efetivamente,
adotadas como recurso de avaliação de fontes, da qualidade de bases de dados assim como para
os estudos voltados à Arquitetura da Informação.
Palavras-chave: Taxonomia; Taxonomia navegacional; Fontes de informação; Avaliação de
conteúdos informacionais.